UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Governo Federal quer que pobres morram de fome durante pandemia

Foto: Reprodução
FOME. Sem emprego ou renda, milhões de brasileiros passarão fome durante a quarentena (Foto: Reprodução)

Da Redação


O auxílio emergencial de R$ 600,00 foi aprovado pelo Congresso Nacional no dia 30 de março, mas somente após o Brasil registrar 13 mil pessoas infectadas e mais de 600 mortes, o governo do ex-capitão Jair Bolsonaro liberou o pagamento.

Embora tenham direito ao auxílio todos os brasileiros desempregados, trabalhadores sem carteira assinada e que estão na informalidade, além de pessoas que não possuem renda, apenas os que têm conta no Banco Brasil e na Caixa Econômica receberão o valor a partir de 7 de abril. Os chamados “desbancarizados”, aqueles que não têm conta bancária, um total de 40 milhões, vão ter que esperar até maio para receber o auxílio. Até lá, o governo continuará com o dinheiro no seu caixa, enquanto as mesas dessas famílias estarão vazias e as crianças passando fome. Seu crime é não ter dinheiro para abrir uma conta e pagar taxas extorsivas aos donos dos bancos.

Ademais, o valor de R$ 600,00 é insuficiente para garantir a sobrevivência, particularmente num momento em os preços estão subindo em todas as capitais. De fato, se a pessoa mora na cidade do Rio de Janeiro, o valor de R$ 600,00 é equivalente ao de uma cesta básica (R$ 533,65). Em São Paulo, a cesta custa R$ 518,50, e em Florianópolis R$ 517,13. Se a pessoa mora no estado da Bahia, após receber o auxílio sobra menos de 200,00, já que a cesta básica em Salvador custa R$ 408,06.

Seria muito pior se tivesse prevalecido a proposta inicial do banqueiro Paulo Guedes, o “posto Ypiranga” de Bolsonaro, pois o projeto de lei que enviou ao Congresso previa um valor de R$ 200,00 para o auxílio.

Mas, se o salário mínimo definido pelo governo é de R$ 1.045,00 porque Bolsonaro paga apenas R$ 600,00 de renda emergencial diante da epidemia da Covid-19?

A resposta quem dá é a Auditoria Cidadã da Dívida: “O governo federal não precisa cortar salários ou avançar contrarreformas que cortam mais direitos ainda da população, pois possui cerca de R$ 4 trilhões em caixa (mais de R$ 1,3 trilhão na Conta Única do Tesouro Nacional, cerca de R$ 1 trilhão no Banco Central, remunerando a sobra de caixa dos bancos, e mais de R$ 1,7 trilhão em reservas internacionais). Mas toda essa montanha de dinheiro está à disposição dos gastos financeiros com a chamada dívida pública”. (www.auditoriacidada.org.br)

Portanto, mesmo quando a vida dos brasileiros está sob grave ameaça, o governo dos banqueiros sanguessugas continua desviando o dinheiro de nossos impostos para o bolso dos bilionários, pouco importa se a consequência dessa política econômica for dezenas de milhões de brasileiras e de brasileiros morrerem de fome.

Trata-se de um governo em guerra contra o povo e a pátria, como bem afirmou o escritor Ruy Castro, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues: “Em sua guerra contra o Brasil e a favor de si mesmo, Jair Bolsonaro conta com o apoio de seus familiares, meia dúzia de generais bovinos, uma rede digital clandestina de propaganda e auxiliares robotizados, como Abraham Weintraub, ou oportunistas como Sérgio Moro. É material humano de encomenda para quem quer se sustentar no poder, mas não para administrar um país”.

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes