A importância dos jornalistas na crise política e da saúde

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Por Melissa Fernandes

BRASIL – O mundo inteiro está passando pela crise de saúde que a Covid-19 alastrou pelos quatro cantos. No Brasil, além do novo coronavírus, a população ainda lida com a crise política provocada por um presidente que não se importa com a saúde da população. Quando questionado sobre o crescente número de vítimas, Jair Messias Bolsonaro, respondeu com desdém: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”, seguido dos episódios de ataques aos jornalistas: “Cala a boca!”.

Os tempos são sombrios para os comunicadores. Inúmeros são os casos de profissionais sendo diretamente atacados por apoiadores do atual presidente. Pode-se citar o caso do fotojornalista Dida Sampaio, que foi agredido com chutes e murros na cobertura de uma manifestação pró-governo, em Brasília.

O que Jair e seus apoiadores parecem não saber é que os profissionais da comunicação não estão aqui para acobertar os discursos genocidas. Os jornalistas estão desenvolvendo um papel essencial em tempos de pandemia, tendo em vista a urgência de reportar com qualidade acontecimentos que poderão transformar profundamente a vida dos brasileiros.

Por essa importância, os comunicadores não vão e não podem se calar. Pesquisa recente do Instituto Datafolha aponta o jornalismo como fonte mais confiável neste momento de crise, especialmente no combate às fake news, já que a desinformação da população gera um agravamento das consequências causadas pelo Covid-19.

Devemos apoiar esses profissionais que, a cada dia, têm seu trabalho desrespeitado e invalidado por um líder ignorante e seus apoiadores. O jornalismo pode e deve ser a voz da população.