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sábado, 23 de novembro de 2024

Falece Aldir Blanc, um dos grandes compositores brasileiros

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Por Rafael Freire, da Redação

BRASIL – Faleceu, na madruga desta segunda-feira (04), aos 73 anos, o compositor Aldir Blanc. Ele estava internado num hospital desde o dia 10 de abril para tratar de uma infecção urinária e de uma pneumonia. Lá, contraiu a covid-19, foi transferido de hospital, mas seu quadro se agravou de forma irreversível.

Nascido no Rio de Janeiro, criado no bairro boêmio de Vila Isabel, incorporou toda a aura musical da cidade, abandonou a carreira de médico psiquiatra e se converteu num dos maiores compositores da música brasileira. Sua obra completa registra mais de 600 letras para canções, em geral acompanhadas pela melodia de parceiros.

A parceria mais feliz, sem dúvidas, foi com João Bosco. Este, além de grande compositor, é também um exímio violonista. Só para usar como referência, na coletânea “Minha História – Grandes Sucessos de João Bosco”, gravada pela PolyGram, das 19 músicas presentes, apenas três não são frutos da dupla. Constam neste repertório, entre outras: O Bêbado e a Equilibrista; O Mestre-sala dos Mares; Comissão de Frente; Linha de Passe; A Nível de; Siri Recheado e o Cacete; O Rancho da Goiabada; Kid Cavaquinho.

Em seus mais de 50 anos de atividade musical também compôs com Ivan Lins, Edu Lobo, Carlos Lyra, Djavan, Moacyr Luz, além de ter emplacado sucessos em temas de novelas e séries, como Resposta ao Tempo e Coração do Agreste.

Cronista poético do Brasil durante meio século, as versos de Aldir Blanc “feriram fino como um punhal” a Ditadura Militar com seu maior sucesso, O Bêbado e a Equilibrista, canção imortalizada na interpretação de Elis Regina e convertida em hino pela anistia no Brasil.

https://www.youtube.com/watch?v=mcYCP1nEdUA

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