Polícia determina cerco à embaixada da Venezuela no DF

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Com o prazo determinado pelo governo brasileiro para que o corpo diplomático venezuelano deixasse o país, se encerrou-se neste sábado. Assim, uma nova fase da crise política entre os dois países se inicia.

Mesmo diante do parecer da Procuradoria Geral da República pedindo a suspensão da decisão do Ministério das Relações Exteriores de expulsar os venezuelanos, o governo fascista de Jair Bolsonaro, não se pronunciou até o momento.

Diante dos fatos e da iminência de um maior tensionamento entre os dois países, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal determinou com base no Ofício nº 31/2020 – leia abaixo – que a Polícia Militar monte um cerco à embaixada da Venezuela pois: “há a possibilidade de movimentos sociais atuarem em defesa dos diplomatas venezuelanos podendo ocupar as instalações da Embaixada, o que dificultaria o processo de retirada e demandaria emprego de tropa especializada e reforço de efetivo.”

O ofício demonstra que tanto o governo brasileiro quanto forças de repressão do estado cogitam a retirada do corpo diplomático utilizando de todos os meios, inclusive da força, já que neste mesmo ofício solicitam: “Apoio das tropas especializadas para estarem em condições de atuar a partir da madrugada do dia 03 para o dia 04 de maio de 2020, até que a embaixada seja desocupada.”

Desde as primeiras horas da manhã deste sábado, viaturas já se encontram nas duas entradas da embaixada como forma de intimidar qualquer forma de articulação no sentido de fazer valer as resoluções internacionais da Convenção de Viena na qual o Brasil é signatário, que garantem proteção ao corpo diplomático.

 Bolsonaro não respeita Convenção de Viena e faz terrorismo contra corpo diplomático da Venezuela

Vários movimentos solidariedade tem se manifestado pelo país contra a ação provocadora do governo Bolsonaro, que atende a ordem do seu chefe imperialista, o presidente do Estados Unidos, Donald Trump. A solidariedade tem se posicionado por meio de notas públicas e realizará um ato nacional unificado em apoio ao corpo diplomático e ao governo de Nicolás Maduro, pela paz na região e em defesa da soberania dos povos.

O Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima, que constrói o ato, também reforça a denúncia contra os atos provocadores de Bolsonaro, reforçando a palavra de ordem que ecoa por todo país, pelo fora Bolsonaro.

O corpo diplomático não sairá do Brasil com uma ordem sem base legal expedida pelo Ministro das Relações Exteriores, que não atende a Convenção de Viena. Caso Bolsonaro atue conforme o Direito Internacional o corpo diplomático e consular venezuelano sairá do Brasil.

Redação – Distrito Federal

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