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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Ato antifascista homenageia mortos da Covid-19 em Natal

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Foto: UP/RN

Por Ezequias Rosendo

RIO GRANDE DO NORTE – Na manhã do dia 12 de julho, a Unidade Popular pelo Socialismo em conjunto ao Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB) participaram de um ato antifascista e pelo fim do genocídio do povo negro em Natal. A manifestação começou na praça das Flores, localizada no bairro Petrópolis, e foi até a Praia do Meio onde cruzes foram colocadas na areia em homenagem às 1.473 mortes de pessoas pela covid-19 no estado.

Como temos visto nas últimas semanas, o governo do Rio Grande do Norte registrou uma queda na taxa de mortalidade pelo coronavírus, porém, ao passo que os números diminuem, o governo tem contribuído com a ruptura do isolamento social no estado por meio da aplicação de medidas como a reabertura comercial, iniciada no dia primeiro de julho, no qual tem gerado aglomerações nos centros comerciais da cidade, transportes públicos e etc. Criando assim, um cenário propício para o aumento no número de contaminados pelo vírus.

Além disso, a prefeitura de Natal não considera o fato de que o povo pobre não tem acesso a um serviço de saúde de qualidade, prova disso são os dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesed), que apontam que durante o mês de junho 25% das mortes causadas pelo coronavírus foram de pessoas que ainda estavam na espera de leitos hospitalares e mesmo diante desse cenário, o prefeito Álvaro Dias (PSDB) anunciou que iria desativar os leitos de Unidade de Tratamento Intensivo – UTI’s  nos hospitais municipais de Natal. Entrando em contradição com a taxa de ocupação informada pelo sistema Regula RN – órgão responsável pela administração dos leitos de UTI para covid-19 no estado – que apontou que a ocupação de leitos foi de 100% no hospital de campanha e no hospital municipal.

Tudo isso demonstra o vacilo dos governos estaduais e municipais do Rio Grande do Norte que se dizem progressistas, porém têm se alinhado com as políticas do governo fascista e genocida de Jair Bolsonaro, que a todo momento exclui o povo pobre e nega os direitos mais básicos como moradia e alimentação.

Exemplo disso foi o plano de “auxílio emergencial” que desconsideram milhares de famílias sem acesso à internet ou capacitação para utilizar plataformas digitais como o aplicativo Caixa Tem, no qual por si só já apresenta diversos erros técnicos, como o tempo de espera para acessar o aplicativo impossibilitando as pessoas pagarem seus boletos e fazerem outras transações. Na prática, o governo tem negado o dinheiro ao povo.

Mesmo durante a pandemia os governos alinhados à política genocida do governo federal, têm mantido as ações de despejos de forma violenta, como o caso ocorrido em Piracicaba, interior de São Paulo (SP), onde cerca de 50 famílias foram despejadas após uma reintegração de posse, colocando as mesmas em exposição ao coronavírus e contradizendo as recomendações das autoridades sanitárias.

“Os sem teto ocupam a área desde janeiro, na luta pelo direito à moradia. A assessoria jurídica tentou impedir o despejo, alegando questão humanitária e apelando ao bom senso diante da maior pandemia dos últimos tempos, mas ignoraram o risco de morte que estão impondo à essas famílias” lamentou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em uma nota de repúdio contra o despejo.

A partir dessa análise da conjuntura atual, entendemos que é fundamental a mobilização na luta pelo fora Bolsonaro e por um governo popular, pois somente o povo pobre é quem têm sofrido com as políticas adotadas pelo governo fascista de Bolsonaro que somente favorece os grandes empresários e banqueiros e as políticas de afrouxamento ao isolamento social dos governos estaduais e municipais que tanto tem matado o povo com essa doença. Apenas com organização popular será capaz de impor verdadeiras mudanças ao rumo do país.

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