UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 4 de maio de 2024

Ato antifascista homenageia mortos da Covid-19 em Natal

Foto: UP/RN

Por Ezequias Rosendo

RIO GRANDE DO NORTE – Na manhã do dia 12 de julho, a Unidade Popular pelo Socialismo em conjunto ao Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB) participaram de um ato antifascista e pelo fim do genocídio do povo negro em Natal. A manifestação começou na praça das Flores, localizada no bairro Petrópolis, e foi até a Praia do Meio onde cruzes foram colocadas na areia em homenagem às 1.473 mortes de pessoas pela covid-19 no estado.

Como temos visto nas últimas semanas, o governo do Rio Grande do Norte registrou uma queda na taxa de mortalidade pelo coronavírus, porém, ao passo que os números diminuem, o governo tem contribuído com a ruptura do isolamento social no estado por meio da aplicação de medidas como a reabertura comercial, iniciada no dia primeiro de julho, no qual tem gerado aglomerações nos centros comerciais da cidade, transportes públicos e etc. Criando assim, um cenário propício para o aumento no número de contaminados pelo vírus.

Além disso, a prefeitura de Natal não considera o fato de que o povo pobre não tem acesso a um serviço de saúde de qualidade, prova disso são os dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesed), que apontam que durante o mês de junho 25% das mortes causadas pelo coronavírus foram de pessoas que ainda estavam na espera de leitos hospitalares e mesmo diante desse cenário, o prefeito Álvaro Dias (PSDB) anunciou que iria desativar os leitos de Unidade de Tratamento Intensivo – UTI’s  nos hospitais municipais de Natal. Entrando em contradição com a taxa de ocupação informada pelo sistema Regula RN – órgão responsável pela administração dos leitos de UTI para covid-19 no estado – que apontou que a ocupação de leitos foi de 100% no hospital de campanha e no hospital municipal.

Tudo isso demonstra o vacilo dos governos estaduais e municipais do Rio Grande do Norte que se dizem progressistas, porém têm se alinhado com as políticas do governo fascista e genocida de Jair Bolsonaro, que a todo momento exclui o povo pobre e nega os direitos mais básicos como moradia e alimentação.

Exemplo disso foi o plano de “auxílio emergencial” que desconsideram milhares de famílias sem acesso à internet ou capacitação para utilizar plataformas digitais como o aplicativo Caixa Tem, no qual por si só já apresenta diversos erros técnicos, como o tempo de espera para acessar o aplicativo impossibilitando as pessoas pagarem seus boletos e fazerem outras transações. Na prática, o governo tem negado o dinheiro ao povo.

Mesmo durante a pandemia os governos alinhados à política genocida do governo federal, têm mantido as ações de despejos de forma violenta, como o caso ocorrido em Piracicaba, interior de São Paulo (SP), onde cerca de 50 famílias foram despejadas após uma reintegração de posse, colocando as mesmas em exposição ao coronavírus e contradizendo as recomendações das autoridades sanitárias.

“Os sem teto ocupam a área desde janeiro, na luta pelo direito à moradia. A assessoria jurídica tentou impedir o despejo, alegando questão humanitária e apelando ao bom senso diante da maior pandemia dos últimos tempos, mas ignoraram o risco de morte que estão impondo à essas famílias” lamentou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em uma nota de repúdio contra o despejo.

A partir dessa análise da conjuntura atual, entendemos que é fundamental a mobilização na luta pelo fora Bolsonaro e por um governo popular, pois somente o povo pobre é quem têm sofrido com as políticas adotadas pelo governo fascista de Bolsonaro que somente favorece os grandes empresários e banqueiros e as políticas de afrouxamento ao isolamento social dos governos estaduais e municipais que tanto tem matado o povo com essa doença. Apenas com organização popular será capaz de impor verdadeiras mudanças ao rumo do país.

Outros Artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes