Por Efraín Viveros Filigrana
Bogotá
INTERNACIONAL – Nenhuma luta entre exército e guerrilha deixou tantos feridos como aconteceu em 9 de setembro em Bogotá. “64 feridos com armas de ‘calibre oficial’, 9 mortos são um verdadeiro massacre”, disse a prefeita de Bogotá Claudia López.
Na quinta-feira (10), depois das 17h, a revolta danificou 56 dos 152 postos policiais da cidade. Também foram atacadas no país três grandes instalações de comando da polícia. Muitos escritórios de bancos despedaçados e 143 ônibus incinerados.
Cali, Medellín e Barranquilla, que seguem Bogotá em importância, sofreram expressões de protesto de rua que terminou com novos incêndios de instalações policiais. Cúcuta, Pereira e Manizales são capitais departamentais onde também ocorreram revoltas.
Uma “raiva adiada”, como afirmam as manchetes de alguns noticiários, expressa uma juventude relegada e excluída que voltou às ruas.
Ardeu Bogotá e com ela, e as demais cidades sacudidas por protestos, ardeu a Colômbia.
Duque é um presidente parado em um chão escorregadio molhado com abundante sangue de um povo martirizado pela miséria e o terrorismo de Estado. É um governo que massacra e ataca jovens em um país que vê o uso indiscriminado da força policial sem se importar com o número de vítimas.
Avança a explosão social. Isso é mais forte do que a greve geral de 21 de novembro de 2019.