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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Construtoras são as maiores financiadoras de Bruno Covas em São Paulo

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Isabella Alho


Foto: Reprodução

São Paulo foi listada entre as cidades que mais possuem bilionários e multimilionários do mundo.

SÃO PAULO – A cada 10 anos ocorre a revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, lei municipal que determina o conjunto de regras do ordenamento e desenvolvimento da cidade de São Paulo. A próxima revisão deve ocorrer em 2021, isso significa que a próxima gestão será a responsável por aprovar o novo conjunto de regras do ordenamento urbano.

Acontece que, às vésperas da eleição, metade das doações de pessoas físicas a Bruno Covas (PSDB) estão conectadas com nomes de construtoras, incorporadoras e do mercado imobiliário. Covas já acumula R$13 milhões para sua campanha.

Os 10 maiores doadores de Bruno Covas:

  • Jorge Mitre (Mitre Realty) – R$ 230 mil
  • José Ricardo Rezek (Grupo Rezek) – R$ 200 mil
  • José Roberto Lamacchia (Crefisa) – R$ 200 mil
  • Rubens Ometto (Cosan) – R$ 200 mil
  • Ernesto Zarzur (Eztec) – R$ 175 mil
  • Elie Horn (Cyrela) – R$ 100 mil
  • David Joseph Safra (Banco Safra) – R$ 75 mil
  • André Kissajikian (AK Realty) – R$ 50 mil
  • Antonio Setin (Setin) – R$ 50 mil
  • Marcello Gambardella Arduin (Inloop) – R$ 50 mil

Fonte: FSP, 2020

Há tempos que o governo tucano tem feito da cidade de São Paulo um balcão de negócios com o setor privado. Doações de terras públicas para grandes incorporadoras, investimentos nos centros já privilegiados (à exemplo dos R$100 milhões gastos no Anhangabaú), pediu aumento de limite de gastos com o pagamento de juros e amortização da dívida pública municipal, favoreceu a implementação das parcerias público privadas para construção de habitação, entre outras medidas.

Bruno Covas não construiu uma moradia sequer para a população em déficit habitacional, pelo contrário, aplicou sistematicamente uma política criminosa de remoções em plena pandemia. As consequência dessa política voltada para os bancos e incorporadoras não poderia ser outra senão o aumento da miséria e desemprego da população mais vulnerável. 

Dia 15, portanto, é preciso combater programas como o do Bruno Covas, escolhendo candidaturas comprometidas com o enfrentamento da falta de moradia e carestia, com a reforma urbana e com os movimentos sociais. É urgente selecionar pessoas para ocupar a prefeitura e a Câmara Municipal paulistana, importantes espaços de deliberação, que estejam ao lado dos trabalhadores e trabalhadores de São Paulo. 

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