Na manhã do dia 20 de dezembro, militantes da Unidade Popular, de outras organizações e apoiadores da Luta Antimanicomial, realizaram um ato em Belém (PA) em defesa do SUS e das políticas de Saúde Mental, as quais, recentemente, têm sido alvo de ataques do Governo Bolsonaro.
Em recente decreto, cerca de 100 portarias relacionadas ao tema foram revogadas, dentre elas, o Consultório na Rua, que atende a população em situação de rua; o Serviço Residencial Terapêutico, que assegura um tratamento e um lar às pessoas que ainda não têm condições mentais de voltarem a suas casas; e a Comissão de Acompanhamento do Programa de Volta para Casa, que tem como objetivo a reintegração social de indivíduos neurodivergentes com longo histórico de internações psiquiátricas.
A atividade teve como objetivo denunciar a política de desmonte e precarização do Sistema Único de Saúde, sucateado pelo atual governo, embora estejamos em meio à pandemia da Covid-19, que, até o momento, ceifou a vida de mais de 187 mil cidadãos brasileiros, deixando-nos em 2º lugar no ranking mundial de mortes pela doença, atrás apenas dos Estados Unidos da América, governado por Trump. São milhares de usuários que serão privados de um atendimento adequado e humano, que serão privados de tratamento e de qualidade de vida.
Essa movimentação, notoriamente, tem como objetivo a privatização do SUS, com cortes de verbas, suspensão de concursos públicos, revogação de programas e portarias e contratação de profissionais, enfraquecendo, assim, o sistema e preparando o terreno para a privataria, impedindo o acesso dos pobres à saúde mental.
Embora o governo vigente nos queira mortos e trabalhe politicamente para isso, temos que continuar lutando contra os mandos de desmandos desta gestão fascista e construir, dia após dia, uma alternativa política e social para substituir e vencer esta ideologia genocida.
Redação Pará