por Felipe Fly e Sheila Martins Santana
CARTA – A voz do povo brasileiro pergunta: ainda vivenciamos um momento de emergência e urgência em nosso país ou já acabou a pandemia? Diversos países no mundo hoje como Cuba e Chade, vivem forte preocupação com a saúde e a economia e o enfrentamento dos diversos desafios que a humanidade tem se deparado.
Mas no Brasil a gestão genocida do presidente e seus ministros durante a pandemia da COVID-19 fez com que a crise se agravasse, levou ao aumento exponencial da desigualdade já existente, decorrente de um processo histórico de precarização e exploração da nossa classe trabalhadora, além de milhares de mortes por negligência e falta de investimento no sistema público de saúde.
Com o aumento dos casos, que nunca foram poucos, a quarentena voltou e muitos estabelecimentos irão fechar novamente, o desemprego vai disparar ainda mais, juntamente ao aumento da inflação; mas ainda assim o Presidente da República, o Congresso Nacional e Câmara dos Deputados mantêm o corte do auxílio emergencial, ou elaboram propostas de auxílio com valores que são uma miséria e que terão como contrapartida a retirada do investimento nas áreas sociais.
Esse descaso coloca em risco milhares de pessoas que dependem hoje do valor irrisório, ainda que duramente conquistado, do auxílio e que passado o período de festas, tão caro ao mercado, logo foram lançadas ao desamparo. O governo e suas elites financeiras continuam, portanto, colocando o lucro acima da vida.
O que queremos nesse momento dentro do quadro que estamos vivendo em nosso país, com um dos piores momentos vividos entre muitos cidadãos desempregados, é chamar a atenção para essa pauta de emergência que está sendo ignorada. Para quem já vivencia a dificuldade em seu dia a dia para sobreviver, com o corte do auxílio emergencial as dificuldades se agravaram ainda mais.
O auxílio passou, desde abril de 2020, por imensas batalhas para que chegasse às mãos dos trabalhadores, desde diversas barreiras burocráticas para que se pudesse receber e retirar o dinheiro, passando pela redução de seu valor e chegando ao corte total ainda em meio à pandemia, sem nenhum plano definido para a imunização ou solução em qualquer ordem dos problemas do povo brasileiro.
Basta de tantos absurdos! Exigimos uma resposta, uma solução! Dezembro não pode ter sido o último mês de auxílio emergencial, pois as necessidades não acabaram em 2020, na verdade, os piores dias ainda estão por vir nesse 2021 sem previsão de melhora. Por isso e muito mais queremos dizer: Auxílio Emergencial já! Respeite nosso povo, respeite nossa brava gente. Se o governo quer colocar o lucro acima da vida, nós lutaremos para garantir a vida acima do lucro!