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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Especuladores lucram bilhões e povo morre de fome e de Covid

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De acordo com o IBGE, no final de 2020, 52 milhões de brasileiros viviam na pobreza e 13 milhões na extrema pobreza

BRASIL – Resultado do descaso com a saúde pública do Governo Federal, o total de mortes da Covid-19 atingiu 295 mil em nosso país (dados de 21 de março), e a média diária de mortes bateu novo recorde com 2.350 óbitos.

O desgoverno militar de Bolsonaro nada fez contra a pandemia: é contra o uso de máscaras e da vacina. Preferiu gastar dinheiro com cloroquina e leite condensado para os militares do que investir na construção de hospitais públicos ou na contratação de médicos. Por isso, depois de faltar oxigênio no Amazonas, nove capitais não têm leitos de UTI para os casos graves da Covid. O Brasil vive sua maior crise sanitária, social e econômica.

Como todos sabem, a grande obra deste governo, é o desemprego. São 32 milhões de brasileiros sem emprego, informa o IBGE. O maior número de desempregados em 30 anos. Eram seis milhões quando Bolsonaro assumiu a Presidência.

A fome está em toda esquina, nas favelas, nos bairros e nas casas das famílias pobres. São dezenas de milhões de brasileiros que vivem sem saber o que vão comer amanhã. Estão sem renda nenhuma, não têm mais como se endividar e não possuem dinheiro para comprar alimentos nem para pagar o aluguel, luz, água ou comprar o botijão de gás.

O auxílio emergencial era de R$ 600, mas o presidente e o banqueiro nomeado como ministro da Economia, Paulo Guedes, acham que é muito dinheiro para um pobre receber.

Como não tem o que apresentar ao povo brasileiro, a não ser suas saidinhas do Palácio para andar de jet ski nas praias de Santa Catarina ou do litoral paulista, inventou uma intervenção para inglês ver na Petrobras: demitiu quem ele próprio nomeou para presidência da empresa. Os grandes meios de comunicação ajudaram na encenação, dizendo que a demissão de Roberto Castello Branco era uma “loucura” e o conselheiro da Petrobras Marcelo Mesquita, chegou a definir o ato como um “flerte com o comunismo”.

Bolsonaro não tem nada de comunista, é sim um fascista e odeia a democracia.

A demissão do presidente da Petrobras foi uma peça de teatro muito mal encenada para beneficiar os especuladores da bolsa e do dólar.

Eis os fatos. Somente um pequeno grupo de privilegiados sabia que a demissão aconteceria e se prepararam para ela. Assim que o bobo da corte anunciou, no dia 19 de fevereiro, que o general Joaquim Silva e Luna (mais um para mamar nas tetas do governo) assumiria a empresa, as ações da Petrobras despencaram 22% e o dólar disparou. Numa sociedade onde o mercado é um verdadeiro deus, alguém poderia esperar algo diferente? Claro que não.

Em consequência desse crime, a Petrobras teve o maior prejuízo da sua história: R$ 102 bilhões. Mas, como o maior acionista da empresa é o governo brasileiro, esse dinheiro sairá dos cofres públicos, isto é, dos impostos pagos pelos trabalhadores. O clima de “pânico” na bolsa, criado pelos grandes especuladores, levou os pequenos investidores (“pequenos” na bolsa existem, são manipulados pelos donos do mercado, mas existem), vendo seu dinheiro derreter, colocaram suas ações à venda. Os grandes fundos de investidores, os bancos, compraram na baixa para vender na próxima alta. No dia 25 de fevereiro, as ações voltaram a subir 12,6%, mas quem vendeu não podia mais voltar atrás.

A farsa da intervenção da Petrobras fica ainda mais desmascarada quando observamos que nenhum dos aumentos no preço do diesel e da gasolina foram revogados. Mais uma vez, os caminhoneiros são traídos. De fato, os quatro reajustes na gasolina e os três no diesel continuam sendo pagos pelos consumidores. Somente neste ano, os dois combustíveis acumulam uma alta de 34,7% e 27,7%, respectivamente.

Já o botijão de gás de 13 quilos, após a intervenção de araque, segue sendo vendido em São Paulo por R$ 105, mas os revendedores dizem que ele pode chegar a R$ 150 no final do ano.

Afinal, que “intervenção” é essa, que os preços dos combustíveis aumentam e os especuladores ganham fortunas com a alta do dólar e a compra de ações?

Fascista e entreguista

Bolsonaro é um grande fascista privatista.

Eis as provas: a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada na Bahia, foi vendida pelo Governo Bolsonaro no dia 8 de fevereiro ao Fundo Mudadala, de Abhu Dhabi, por US$ 1,61 bilhão, mas o valor da refinaria no mercado é de US$ 4 bilhões. Ou seja, a Petrobras teve com essa venda um prejuízo de mais de US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões). Não bastasse, centenas de trabalhadores serão demitidos. Mas, para o governo, trabalhador ser demitido não tem problema nenhum.

Tem mais: de acordo com o engenheiro Carlos Mariz, ex-diretor regional da Eletronuclear, os 48,6 mil megawatts (MW) de capacidade de geração do Sistema Eletrobras equivalem a um investimento de cerca de R$ 370 bilhões. Mas o governo quer rifar a empresa por menos de R$ 30 bilhões, 10% do valor de um patrimônio público essencial para a população, pois garante o fornecimento da energia.

Além disso, o plano do governo é vender a preço de banana os Correios, a Caixa Econômica Federal, o resto do Banco do Brasil e da Petrobras. Até a Casa da Moeda, que imprime o dinheiro do país, o governo quer privatizar. O social que ele fala e faz é, portanto, transferir dinheiro público para os bolsos dos generais, dos filhos e da classe rica, que oprime e explora o povo brasileiro.

Em resumo, a intervenção na Petrobras favoreceu os especuladores, os bancos e fundos de investimento que controlam a Bolsa de Valores e causou um enorme prejuízo aos cofres públicos. Mas Bolsonaro, Mourão, os generais do Palácio não estão nem aí. Não vai sair nenhum tostão do bolso deles. Trata-se de um governo tão corrupto que seus maiores cabos eleitorais são os ex-presidentes Collor e Temer e os deputados e senadores do Centrão, a turma do “toma lá, dá cá”! Em resumo, é urgente sepultar este governo corrupto, fascista e entreguista.

Da Redação

O Exército do povo: 32 milhões não têm trabalho no Brasil

13,9 milhões de desempregados (pessoas que não trabalham, mas procuraram emprego nos últimos 30 dias);
6,8 milhões de subocupados (pessoas que trabalharam menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais);
5,8 milhões de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego);
5,5 milhões de pessoas que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos.
Fonte: IBGE. 2021

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