Dia 17 de março será um grande dia de lutas dos estudantes do ensino técnico de todo o país. Manifestações na internet e nas ruas serão organizadas pela FENET para defender um orçamento justo para a educação, a defesa da vida da juventude e deixar um recado claro: os grêmios técnicos estão na luta contra os ataques de Bolsonaro à Educação.
Caio Sad e Giovanna Souza
Coordenadores gerais da FENET
JUVENTUDE – No último dia 27 de fevereiro, a Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (FENET) realizou uma reunião nacional. Participaram mais de 90 grêmios estudantis do ensino técnico de 20 estados, todas as 5 regiões do país estavam presentes.
A plenária teve como tema: a defesa do orçamento da educação, do ensino técnico e da juventude e contou com a participação das professoras Luzia Mota, reitora do Instituto Federal da Bahia (IFBA) e Camila Marques, coordenadora geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE).
No começo da reunião, a professora Luzia Mota apresentou uma grande preocupação com o orçamento para os Institutos Federais no ano de 2021. Explicou aos estudantes que o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF) elabora um estudo e apresenta ao governo federal uma proposta de orçamento que seria suficiente para o pleno funcionamento das instituições, a chamada “matriz CONIF”. Em sua apresentação, a professora afirmou que o CONIF indicou a necessidade de um orçamento de 4.191 bilhões de reais, no entanto, a proposta orçamentária do governo federal para o ano de 2021 é de apenas 1.551 bilhão, ou seja, um déficit de 2.640 bilhão de reais. Já a professora Camila Marques, apresentou o ponto de vista dos trabalhadores e trabalhadoras da educação e reforçou a necessidade de unir a luta do movimento estudantil e sindical na defesa da educação de qualidade e de uma sociedade mais justa.
Os grêmios participaram ativamente da plenária, denunciando a situação de seus campi, a dificuldade do ensino remoto e da permanência diante da pandemia. A indignação e a vontade de lutar estiveram presentes em todas as falas, mostrando que os estudantes não vão aceitar nenhum centavo a menos para a educação.
Ao final da plenária, num clima de muita rebeldia e animação, os estudantes presentes convocaram uma grande jornada de lutas para o mês de março. Todos os estudantes apontaram a importância de construir as datas já tradicionais como o 8 de março (dia internacional de luta das mulheres), o 14 de março (aniversário do assassinato da Marielle Franco) e o 28 de março (aniversário do assassinato do estudante secundarista Edson Luis). Além disso, foi apontado o dia 17 de março como um grande dia de lutas dos estudantes em ensino técnico de todo o país. Manifestações na internet e nas ruas serão organizadas em todo o país para defender um orçamento justo para a educação, a defesa da vida da juventude e deixar um recado claro: os grêmios técnicos estão na luta contra os ataques de Bolsonaro à Educação.