Movimento de Mulheres Olga Benário
SÃO PAULO – O Brasil passa por um grave momento, com mais de 350 mil mortes pela política genocida do Governo Bolsonaro, onde as mulheres são as mais afetadas com a crise. Sendo as principais responsáveis pelo trabalho doméstico e o cuidado com os filhos e parentes mais velhos, as mulheres tiveram a carga de trabalho aumentada durante a pandemia. Somando-se isso ao desemprego, que chega a 14% da população brasileira segundo o IBGE, e sendo as mulheres as primeiras a serem demitidas, é fácil entender como chegamos ao cenário de 8,5 milhões de mulheres que deixaram de exercer sua força de trabalho no terceiro trimestre de 2020 em comparação ao ano anterior, como demonstram os dados da Pesquisa Nacional a Domicílio Contínua (PNADC).
Atrelado a essa realidade, o custo de vida cresce a cada dia e o número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza só aumenta: hoje, o número chega a 52 milhões.
Ainda assim, as mulheres do Movimento de Mulheres Olga Benário, na última quarta feira, 7 de abril, reuniram secundaristas, universitárias e trabalhadoras de diversas cidades, que conheceram o Movimento em atos, redes sociais ou outras atividades, para apresentar o Olga e debater qual feminismo interessa à nossa classe, qual feminismo realmente resolve a opressão de todas as mulheres e dos homens da classe trabalhadora.
A reunião virtual teve presença de mais de 40 mulheres dispostas a construir coletivamente a luta por um mundo novo e livre de exploração. É cada vez mais necessário organizar a classe trabalhadora para acabar com o sistema capitalista, que explora e destrói milhões de vidas pelo mundo, e cabe às mulheres trabalhadoras serem linha de frente nessa luta para construir uma sociedade que respeite nossas vidas e em que não haja exploração da mulher pelo homem e do homem pelo homem, uma sociedade socialista!