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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Trabalhadores barram privatização da Cedae

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PRIVATIZAÇÃO NÃO! Centenas de trabalhadores protestaram contra a venda da CEDAE (Foto: JAV/Rio)

Entidades e trabalhadores querem impedir que o direito à água vire mercadoria sob controle de empresas privadas

Por Igor Barradas | Redação Rio

RIO DE JANEIRO – Nesta quinta-feira (29), sindicatos, centrais, movimentos sociais e trabalhadores promoveram um grande ato em frente à ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) para exigir o fim do processo de privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro). 

O MLC (Movimento Luta de Classes), a UJR (União da Juventude Rebelião) e a UP (Unidade Popular) estiveram presentes na manifestação.

A pressão das ruas surtiu efeito, e a sessão da ALERJ que discutia o projeto de que impedia o leilão da empresa aprovou, por maioria de votos, a não realização do pregão. 

A luta continua 

Apesar da decisão dos deputados, o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), de forma autoritária, publicou um ato ilegal e antidemocrático e manteve o leilão da Cedae para amanhã (30). Segundo a Casa Civil, “a concessão dos serviços é dos municípios e da Região Metropolitana, que apenas delegaram a condução do processo ao Estado, na qualidade de mandatário”.

A venda da Cedae foi uma das condições impostas pelo presidente fascista Jair Bolsonaro ao governo fluminense para que o Rio pudesse aderir ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pela União. Para Esteban Crescente, da Unidade Popular, esse plano de salvação fiscal é na verdade “um plano de arrocho fiscal, para fazer o Estado do Rio caçar direitos do povo e entregar seu patrimônio. A CEDAE é uma empresa que dá lucro e pode sim estar sob o controle da população, ao contrário dessa privatização que coloca esse lucro em cima da nossa vida!”, disse. 

Militância da UP esteve presente na manifestação (Foto: JAV/Rio)

Privatizar a água é privatizar a vida

A privatização da água, um bem natural e direito de todos, é um ataque direto à toda população, em especial a população pobre. Há anos a CEDAE vem sendo sucateada com vistas à privatização.

Além disso, se a empresa for de fato vendida, aproximadamente 4 mil trabalhadores irão perder seus empregos. Já são mais de 1,5 milhão de pessoas no Estado sem trabalho no período da pandemia da Covid-19. Os trabalhadores continuarão na luta contra o controle do capital privado sob as águas e serviços de saneamento básico.

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