Redação Ceará
No dia 10 de abril, em plataforma virtual, o Diretório da Unidade Popular no Ceará realizou seu 1º Encontro de Mulheres. Tratando de assuntos como violência às mulheres, participação feminina na política e a história da luta do movimento de mulheres no Brasil. A abertura do evento contou com a saudação de mulheres dos partidos PDT, PCB, PT e PSOL.
A discussão sobre o combate a violência às mulheres contou com a presença de Amanda Bispo, coordenadora da Casa de Referência para Mulheres Helenira Preta, na cidade de Mauá (SP), espaço organizado pelo Movimento de Mulheres Olga Benario que atende mulheres em situação de violência desde 2017. Catarina Matos, militante da UP e integrante da direção estadual do Olga, coordenou o debate.
A mesa sobre participação das mulheres na política foi composta por duas mulheres que foram candidatas pela UP nas últimas eleições: Claudiane Lopes, jornalista e coordenadora do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que foi candidata a vereadora na capital cearense, e Lenilda Luna, sindicalista, servidora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que foi candidata a prefeita de Maceió (AL).
Já o debate sobre a história da luta do movimento de mulheres contra a ditadura militar até as lutas atuais contra o avanço do fascismo foi coordenador por Paula Colares, presidenta estadual da UP no Ceará, candidata a prefeita de Fortaleza nas últimas eleições, e contou com as participações de Bruna Santos, militante da UP em Juazeiro do Norte, e Samara Martins, vice-presidenta nacional da UP e dentista do SUS.
“A realização deste 1º Encontro ocorre em um momento importante para avançar a organização das mulheres na luta contra o fascismo, por políticas públicas, vacina para o povo, comida na mesa e principalmente para derrubar esse governo genocida”, afirmou Paula Colares.
Em 2020, o Estado do Ceará foi o 7º no ranking nacional de denúncias de violência à mulher. De acordo com a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, foram 2.161 denúncias de violência doméstica e 992 em todos os outros tipos. Também em 2020, um levantamento da Rede de Observatórios da Segurança sinalizou que foram 47 feminicídios no estado. Além disso, dos 22 assentos da bancada cearense na Câmara dos Deputados, somente um deles é ocupado por uma mulher.