Estudantes da USP organizam campanha contra fome

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Vitória Fernandes e Luiz Chacon


SÃO PAULO – Na segunda-feira, 15 de novembro, estudantes de diversos núcleos do Movimento Correnteza da USP e do Núcleo de Luta do MLB na universidade se reuniram na Casa Laudelina de Campos Melo para produzir e entregar marmitas para pessoas em situação de rua nos arredores do espaço, no Canindé. A campanha construída pelo Movimento contou com arrecadação autofinanciada por meio de vaquinhas e iniciativas dos núcleos como a venda de rifas. E graças à adesão des estudantes foi possível confeccionar cerca de 40 marmitas. A atividade contou com a participação de militantes do Correnteza de outras regiões e universidades, inclusive da JRE (Juventude Revolucionária do Equador) que estavam presentes também no II Congresso Nacional da Unidade Popular, realizado em São Paulo.

Na praça onde as refeições foram entregues, o abandono da população pelo Estado se traduz em dezenas de rostos, de cabanas e barracos improvisados e, em menos de cinco minutos, todas as marmitas foram doadas. 

Muitas são as ações de solidariedade que o Movimento de Mulheres Olga Benário, responsável pela construção da casa de referência, realiza nesta praça de tanta importância para a região no centro expandido de SP, mas fica claro que, mesmo com toda a mobilização dos movimentos na luta contra a fome e a carestia, a contradição que mantém pessoas sem casa ou sem comida num país que enche, mês a mês, o bolso de empresários do agronegócio e especuladores pilantras, é mais profunda e precisa ser combatida em sua raiz, no sistema capitalista.

Após a realização dessa atividade, os estudantes reunidos participaram do primeiro encontro presencial do Movimento Correnteza da USP, desde o início da pandemia de Covid-19, para debater os próximos passos da luta e manter a mobilização para realizar atividades cada vez mais necessárias de solidariedade, panfletagens, cursos, atos, etc. E nesse clima de animação, tiram a resolução de não arredar o pé da luta por uma sociedade mais justa e uma universidade popular!