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domingo, 6 de outubro de 2024

Republicanos e Democratas são farinha do mesmo saco do imperialismo norte-americano

IMPERIALISMO. Republicanos e Democratas representam os interesses dos imperialistas estadunidenses. Foto: reprodução

Analisar a política externa dos Estados Unidos da América é um fator importante para a compreensão das geopolíticas em todo o globo. As estratégias de poder dessa superpotência imperialista trazem consequências a quase todos os países em diferentes campos de atuação, em especial na América Latina.

Igor Marques

INTERNACIONAL A partir da dissolução da URSS, a atuação dos EUA no plano global é baseada em uma ideia de manutenção do país como fonte única do poder econômico, político e militar no globo.

Isso caracteriza toda a atuação externa dessa superpotência que tenta se legitimar como potência hegemônica, em uma ideia de contenção de outros países imperialistas no cenário geopolítico como Rússia e China.

Os Estados Unidos se projetam cada vez mais, seguindo sua tradição histórica, como uma potência imperialista com pretensões globais hegemônicas. A aliança desse país  capitalista com Wall Street e a ação da OTAN fazem ele deter um monopólio da força em âmbito global. Os presidentes estadunidenses atuam como “ditadores globais”.

A estratégia por trás dessa atuação iniciada no imediato pós-Guerra Fria, sofre um aprofundamento após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Nesse contexto, os partidos burgueses dos Estados Unidos têm a justificativa perfeita para a ampliação da sua hegemonia: a Guerra ao Terror.

Imperialismo estadunidense encabeça perseguições contra os povos do mundo

A ação do Estado estadunidense no pós-2001 é, certamente, marcada por um aumento dos ataques desse país contra os povos do mundo. Os EUA passam, em razão da construção da chamada Guerra ao Terror, a se inserir em um processo de cada vez maior controle do Estado por lobistas e por grandes empresas, sobretudo, nesse caso, da indústria bélica.

A Guerra ao Terror legitimou a aplicação de diversas leis antiterroristas, como o USA Patriot Act, que propiciavam uma intensa violação dos direitos humanos e dos direitos civis na sociedade estadunidense, algo que seria seguido por muitos dos países ocidentais. 

Segundo Moniz Bandeira, o USA Patriot Act, a partir da aberta definição de atos de desobediência civil como terrorismo doméstico, impulsiona a configuração de um regime policial, com traços semelhantes aos da Itália fascista e da Alemanha Nazista, com grande perseguição a grupos políticos de esquerda e a movimentos sociais. 

De fato, seguida por uma atuação direta de membros de Wall Street e da Indústria de Defesa no governo, a burguesia internacional propicia o caminho perfeito para que o imperialismo estadunidense se propague rumo a seus ideais de dominação mundial.

Partidos burgueses estadunidenses pouco se diferenciam

Tanto o Partido dos Democratas quanto o Partido dos Republicanos mantêm em todos os sentidos uma política imperial, apesar da suavização de discursos trazida pelos governos Democratas, com Obama e com seu vice e atual presidente, Joe Biden.

O governo Bush, apoiado em ideais conservadores e com grande apoio das empresas da indústria de defesa, constrói sua política externa apoiado em ideais remanescentes do governo Reagan, como a suposta expansão da democracia a países ditos “autoritários” e o aumento dos investimentos em defesa.

Além da suposta retaliação aos terroristas que atacaram os EUA, essa política tinha a ideia de projeção do país nessa estratégica área no contexto geopolítico mundial, de modo que a presença nessa região era imprescindível para uma possibilidade de dominação global por parte dos EUA.

Nisso, nada se diferenciam os democratas. Juntamente com sua Secretária de Estado Hillary Clinton, o governo Obama foi uma necessidade por parte dos EUA e das grandes corporações as quais esse governo se apoiou em suavizar os ataques e discursos do governo estadunidense, porém sem mudar os ataques. 

A verdade é que o imperialismo estadunidense necessita de guerras para manter e expandir as necessidades do processo produtivo do país. A dominação global é e sempre será o ideal máximo dessa potência imperialista e, para isso, a construção das condições e dos inimigos para esses conflitos é essencial para esse império. As guerras nunca foram por questões humanitárias e muito menos por democracia, mas sim para defender concretamente seus interesses econômicos.

Tanto os democratas quanto os republicanos continuaram aumentando os ataques de drones e as violências humanitárias praticadas em nome do imperialismo.

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