As vítimas ficaram cinco dias sem tomar banho e escovar os dentes, se alimentando apenas com burrito, laranja e maçã. Para conseguir mais alimentos eram obrigadas a mostrar os seios aos guardas norte-americanos.
Igor Barradas | Redação Rio
INTERNACIONAL – Brasileiras que foram deportadas dos Estados Unidos denunciam maus tratos e tortura praticados por funcionários do governo estadunidense. Após desembarcarem, nesta terça-feira (15), no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, elas relataram que os guardas de fronteira jogaram todas suas coisas fora no momento da prisão, algemando-as com violência e prendendo-as em celas frias e imundas, como se fossem criminosas.
Em um dos relatos, uma das deportadas disse que os policiais afirmaram explicitamente que não gostam de imigrantes e que eles deveriam “voltar para o lixão de onde vieram”.
As mulheres ficaram cinco dias sem tomar banho e escovar os dentes, se alimentando apenas com burrito, laranja e maçã. Nesse tempo, receberam unicamente uma garrafa d’água de 500ml. Segundo elas, para conseguir mais alimentos eram obrigadas a mostrar os seios aos guardas norte-americanos.
Imperialismo norte-americano não respeita os Direitos Humanos
Esse caso revela bem a hipocrisia do imperialismo norte-americano, que se diz defensor dos Direitos Humanos, mas trata os imigrantes ilegais da mesma forma que os nazistas tratavam seus prisioneiros.
A maioria dessas pessoas são trabalhadores fugindo do desemprego e da violência em seus países e que acreditaram no falso sonho americano de prosperidade na terra do Tio Sam.
Os EUA, além de ser um país que ameaça a paz mundial e promove guerras de rapina ao redor do mundo, são extremamente violentos com as mulheres. De acordo com a ONG Coalizão Nacional Contra a Violência Doméstica, uma em cada quatro mulheres dos Estados Unidos sofre de violência doméstica em algum momento de sua vida.
Os métodos de tortura empregados pela CIA (Agência de Inteligência Americana) são utilizados hoje nos campos de imigrantes e nas celas secretas do Estado. Marcados pela brutalidade, esses métodos serviram de modelo para as ditaduras na América Latina, como a do Brasil. Entre eles, estão a nudez forçada dos prisioneiros, a privação do sono, simulação de afogamento, confinamento com insetos e queima de pele com bitucas de cigarros.
Na chamada “maior democracia do mundo”, como pintam os capitalistas, os pobres, trabalhadores e imigrantes são tratados como uma sub-raça, sendo a eles reservada uma vida de tortura, fome e exploração sexual.