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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Poesia | Se eu me deixar falar

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Militantes do Movimento de Mulheres Olga Benario, UJR e Movimento Correnteza com o jornal A Verdade em manifestação contra o aumento do preço do Restaurante Universitário da UFV – Viçosa/MG (24/11/2021). Foto: Luan Campos (@adimensional.raw).

Kissyla Reis – Viçosa, MG

Nós que nos entrelaçar de nós se acham achados: la lucha

A vivência camarada, de altos e baixos da luta
Em contraste com as inconstâncias humanas
Se eu me deixar falar: choro e raiva
Se eu me deixar falar: exaltação, manifestações e suor

Organização, abraço-afago do irmão e a importância de entender:
Construo um partido revolucionário!

Que por frações de segundos me faço perceber, o deleite puro de estar nas fileiras
De ser duro, sem perder a ternura
E de não ser omisso as fraquezas do limite do ser

Se eu me deixar falar, não me calo nunca mais!
Se eu me permitir voar, não deixo de aprender a ler…Pra ensinar meus camaradas!

Se por uma milésimo de segundos eu delirar em desistir
Grito alto em plenos pulmões:
Resistir! Não há tempo para sucumbir!

Muito além de vendedores de jornais, agitação e propaganda em vilas, bairro e favelas…
Voltar ao povo, ser o povo…Somos o povo!

Se nos tiraram tudo…O que mais resta?
O feijão escasso no prato, corpos ao relento do frio e chuva do viadutos…
Se nos tiraram tudo…O que mais resta?
(….)
A síntese da matriz honrada, os trabalhadores da última hora!
(…)
Luta: substantivo feminino!
Juventude: o fronte das fileiras!
Poder popular: la unidad!

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