O dia foi marcado pela apresentação de duas obras imprescindíveis à nossa militância: Sobre o Movimento Estudantil – documento redigido por Manoel Lisboa de Moura, um quadro destacado nas lutas do movimento estudantil ainda na época da ditadura – e Poder Jovem – livro de referência sobre a história do movimento estudantil brasileiro e sobre o surgimento das entidades estudantis. Além da exposição, foi organizada um momento de debate que pautou os próximos passos a serem dados no próximo período.
Bianca Caroline
SÃO PAULO – “Os estudantes não se conformam em ver a vida passar na janela da sala de aula sem nela interferir. É inerente à juventude a rebeldia, a necessidade de contestar, de gritar seu inconformismo com as injustiças.” – Poder Jovem, livro de Arthur Poerner.
Tendo em vista a importância do crescimento das nossas lutas, no dia 30 de abril foi organizado um curso Sobre O Movimento Estudantil pelo Correnteza na Universidade de São Paulo. O evento foi um espaço para relembrar a trajetória de combatividade do movimento estudantil e debater sobre as táticas, para seguirmos avançando e arrastando a universidade num caminho de luta!
O dia foi marcado pela apresentação de duas obras imprescindíveis à nossa militância: Sobre o Movimento Estudantil – documento redigido por Manoel Lisboa de Moura, um quadro destacado nas lutas do movimento estudantil ainda na época da ditadura – e Poder Jovem – livro de referência sobre a história do movimento estudantil brasileiro e sobre o surgimento das entidades estudantis. Além da exposição, foi organizada um momento de debate que pautou os próximos passos a serem dados no próximo período.
O movimento estudantil dentro das universidades, mais uma das tantas frentes de atuação da nossa juventude, deve ser ao mesmo tempo fonte de luta e de aprendizado. Nessa linha de pensamento, necessita ser estudada e ensinada por cada camarada que, formando-se ao longo de sua atuação dentro do movimento estudantil, esteja disposto a passar para a frente os seus conhecimentos sobre a História das lutas estudantis no Brasil e sobre as táticas e estratégias de mobilização desse movimento de massas. Esses espaços de formação política para a realização de atuações práticas combativas, tornam-se essenciais na medida em que o principal objetivo do Movimento Correnteza é organizar os estudantes a fim de fazer avançar as pautas estudantis.
Para isso, nossa linha política deve ser conhecida e estudada por todos os membros do movimento, para que tenhamos condições de aplicá-la nas lutas cotidianas. A experiência de Manoel Lisboa e demais camaradas ainda em 1966, trabalhando para para ganhar amplas massas estudantis pela derrubada da ditadura instalada desde 1964, e pelo fim do sistema capitalista, deve servir de exemplo para as gerações atuais.
Em outras palavras, o trabalho de massas foi organizado até mesmo em meio às mais duras condições de repressão da ditadura. Nesse sentido, retomar o contato com a experiência de luta e resistência dos nossos antigos camaradas, e entender mais profundamente as diferentes formas de luta, melhora a qualidade da execução de nossas tarefas cotidianas.
Em suma, ao final da atividade, os estudantes envolvidos não só entraram em contato com uma História até então desconhecida por muitos deles, como também saíram convencidos da necessidade de construírem a sua própria trajetória de lutas na universidade, de maneira a retomarmos a combatividade de entidades estudantis como o DCE (Diretório Central dos Estudantes) e organizarmos o nosso trabalho para o próximo período.