O memorial destruido, inaugurado no último dia 6 de maio, homenageia os moradores assassinados na ação policial mais letal da história do estado do Rio.
Redação RJ
BRASIL — Nesta quarta-feira (11), um memorial que servia de homenagem aos 28 mortos na Chacina do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi derrubado por policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).
A CORE, grupo criado especialmente para invadir favelas e realizar operações, é uma unidade especial da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Os agentes usaram marretas e um caveirão, carro blindado, para destruir a estrutura.
A chacina do Jacarezinho foi a ação policial mais letal da história do estado do Rio.
O memorial, inaugurado no último dia 6 de maio, por moradores da comunidade e movimentos sociais, buscava homenagear os assassinados neste trágico episódio.
Na estrutura do monumento derrubado estava escrito que “nenhuma morte deve ser esquecida. Nenhuma chacina deve ser ignorada”. Além disso, tinha os nomes dos mortos em placas de ferro.
Chacina do Jacarezinho mostra terrorismo policial no Brasil
Diversas entidades internacionais mobilizaram denúncias em relação a essa ação brutal da polícia do Rio. Os acontecimentos da chacina foram denunciados como uma violações graves de direitos humanos pela ONU.
O Jacarezinho é o bairro do Rio de Janeiro com o maior número de moradores mortos em chacinas decorrentes de operações policiais.
Fica cada vez mais claro que o estado burguês e seu aparato policial fazem de tudo para assassinar, prender e eliminar a população dos bairros pobres. Depois de mortos, precisam apagar o seu legado e a sua memória.