Assassino é um homem nazista de origem brasileira. Cristina Kirchner saiu ilesa do atentado após a arma falhar. Presidente da Argentina declara feriado nacional e chama o povo às ruas para defender a democracia e repudiar o fascismo.
Felipe Annunziata | Redação Rio
INTERNACIONAL – Na noite de ontem (01), um brasileiro tentou assassinar com uma arma de fogo a vice-presidente argentina Cristina Kirchner. O homem de 35 anos tinha tatuagens nazistas espalhadas no corpo.
O fascista apontou a arma na cara de Kirchner em frente a sua casa, em Buenos Aires, enquanto a vice-presidente chegava. A arma, por algum motivo ainda não explicado, não disparou e Kirchner saiu ilesa. Logo depois ele foi preso pela Polícia Federal argentina.
O assassino é Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, nascido em São Paulo e filho de um chileno com uma argentina. Logo na prisão do criminoso foi visto que ele tinha tatuagens com referências nazistas espalhadas. Montiel já havia sido preso anteriormente por porte de arma não convencional.
Em resposta ao atentado fascista, o presidente argentino Alberto Fernandez declarou feriado nacional o dia de hoje (2) e chamou o povo às ruas para defender a democracia e repudiar o fascismo. Fernandez afirmou em cadeia nacional que esta era a “maior ameaça desde a volta da democracia” no país.
A tentativa de assassinato de Cristina Kirchner aponta para o avanço de forças fascistas na América Latina. O governo de Jair Bolsonaro, no Brasil, tem ajudado a incentivar essas organizações nos países vizinhos. Não é a toa que o assassino seja brasileiro e nazista. A derrota de Bolsonaro e do golpe planejado pelo Centrão e os generais é uma necessidade urgente.