Ato faz parte da mobilização nacional que teve como principal pauta o reajuste da categoria, que há anos sofre com a precarização e falta de direitos.
Redação Rio Grande do Sul
TRABALHADOR UNIDO – Na tarde do dia 25 de janeiro, em Porto Alegre, ocorreu a paralisação dos trabalhadores de entrega por aplicativo. Essa atividade contou com centenas de trabalhadores e fez parte de uma mobilização nacional. A principal pauta foi o reajuste da categoria, que há anos sofre com a precarização e a falta de direitos.
O ato iniciou com a fala dos representantes da Associação dos Ciclo-entregadores do Rio Grande do Sul e de apoiadores presentes. O Jornal A Verdade entrevistou Anderson Panasiuk e Talisson Vieira, membros da Diretoria da ACERGS.
Segundo Anderson, o ato tinha como prioridade reivindicar o reajuste das taxas mínimas, que atualmente são de R$6,00 por entrega, e duplas, onde o entregador realiza duas entregas, mas recebe só por uma, além de uma apólice de seguro funcional em caso de acidente e maior tolerância nas entregas de bicicleta.
Talisson alerta também sobre a venda casada da bicicleta elétrica vermelha do próprio iFood, na qual o entregador acaba sendo obrigado alugar a aderir o iFood Pedal, tendo em vista que estes acabam recebendo pedidos de menores distâncias em comparação com os adeptos do modal Bike Normal.
Panasiuk ainda destaca que o surgimento da ACERGS é uma forma de chamar os entregadores para se organizarem frente às plataformas que tem monopolizado o mercado de trabalho com uma falsa premissa de que o trabalhador é dono do próprio horário, patrão de si mesmo, quando na verdade estão explorando as pessoas que estão à margem do desemprego.
A Unidade Popular (UP) e o Movimento Luta de Classes (MLC) participaram do processo de mobilização e do ato. Essa mobilização revela que a luta da classe trabalhadora avança no Sul. Carlos Vieira, da Unidade Popular, prestou solidariedade aos trabalhadores e ressaltou que as grandes plataformas têm ficado milionárias enquanto os trabalhadores de aplicativos têm sido os mais afetados com a retirada dos direitos trabalhistas.
As greves dos trabalhadores de aplicativos crescerá muito neste ano. Essas greves serão os ingredientes para a futura união da classe trabalhadora. Parabéns à UP e ao MLC.