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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Assembleia dos movimentos populares do Rio de janeiro aprova calendário de luta pelo direito à cidade

No Rio de Janeiro, 331 mil famílias moram em situações precárias ou vivem para pagar aluguel. Há muita casa sem gente e muita gente sem casa. Por isso, os movimentos sociais do Rio de Janeiro realizaram uma assembleia de lutas pelo direito à cidade, pela necessidade da construção de uma jornada contra os despejos, aprovando um calendário de mobilizações.

Adrian Santos* | Rio de Janeiro


LUTA POPULAR –  A cidade do Rio de Janeiro vive uma das piores crises da sua história, o desemprego assola grande parte da população carioca que busca na informalidade um meio para sobreviver. As condições do transporte público pioraram bastante. 

Sem contar que, de acordo com o Instituto Brasileiro do Consumidor (IDEC), a população da capital fluminense que ganha um salário mínimo gasta 27,4% da sua renda com passagens!

O déficit habitacional na cidade chega aos números como mostra a pesquisa da Fundação João Pinheiro, só na região metropolitana da cidade 331 mil famílias moram em situações precárias ou vivem para pagar aluguel. Há muita casa sem gente, e muita gente sem casa.

A resposta do prefeito Eduardo Paes para enfrentar o problema tem sido aumentar a repressão aos trabalhadores informais. O prefeito, comprometido com os interesses dos ricos e grandes empresários, tirou do plano diretor instrumentos que poderiam ser importantes para garantir mais dignidade ao povo pobre da cidade.

Movimentos se unem por moradia, contra higienização social e exclusão do povo pobre da cidade

A prefeitura ignora o conjunto de movimentos sociais e ocupações espontâneas que vivem dia e noite o drama dos despejos. Por todos esses motivos movimentos nacionais de luta por moradia como movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), União Nacional por Moradia Popular, Central dos Movimentos Populares( CMP) e também o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos da OAB e outros movimentos sociais como o Movimento de Mulheres Olga Benário e o Movimento Unidos dos Camelôs (MUCA), ocupações espontâneas e grupos de assessorias técnicas e jurídicas como LABA e NAJUP da UFRJ organizaram desde o início do ano a realização de reuniões e debates para traçar planos de luta pelo direito à cidade.

No último sábado (17) ocorreu na casa de referência Almerinda Gama na Rua da Carioca 37 uma grande assembleia com participação de mais de 80 pessoas de movimentos sociais das mais diversas atuações. Os presentes se uniram em torno da necessidade da construção de uma jornada de luta de rua contra os despejos e pelo direito ao trabalho e a cidade.

DIREITO HUMANO. Lutadores defendem ocupação enquanto direito humano à habitação. (Foto: JAV/RJ)

O primeiro ato irá ocorrer no início do mês de julho, véspera da data que marca os 10 anos das jornadas de julho de 2013. Para Renan Carvalho coordenador nacional do MLB no RJ “Já passou da hora da gente construir um ato que de o recado que não aceitaremos mais despejos e violência contra o povo trabalhador dessa cidade e a unidade dos que lutam pelo direito à cidade é fundamental para construção de grandes atos de rua para garantir o direito do povo trabalhador viver com dignidade nessa cidade” disse.

*Coordenador Estadual do MLB

 

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