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domingo, 22 de dezembro de 2024

Professoras e professores das universidades elegem nova direção sindical

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As eleições ocorreram em um momento político delicado para as Instituições de Ensino Superior. Nos últimos governos foram inúmeros ataques ao orçamento e a toda comunidade acadêmica, afetando também a pesquisa e a extensão, comprometendo assim a principal contrapartida das Universidades e Institutos a população. 

Coordenação do Movimento Luta de Classes


TRABALHADOR UNIDO – Nos dias 10 e 11 de maio ocorreram as eleições para a diretoria do Andes – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, para o biênio 2023/2025. Com urnas abertas nas Instituições de Ensino Superior das cinco regiões do país, mais de 16 mil filiados puderam votar nas eleições mais disputadas dos últimos anos com três chapas concorrendo ao pleito. A CHAPA 1 – ANDES PELA BASE: OUSADIA PARA SONHAR E CORAGEM PARA LUTAR obteve mais de 7 mil votos e foi proclamada vitoriosa após resultado final divulgado pela Comissão Eleitoral Central no dia 16 de maio.

Entre os dias 06 e 10 de fevereiro se realizou o 41º Congresso do ANDES-SN em Rio Branco/AC. Durante a atividade foi realizado a inscrição de quatro chapas para as eleições do sindicato. Porém, apenas três chapas cumpriram as exigências estatutárias e regimentais dentro do prazo estabelecido do dia 13 de março. O Movimento Luta de Classes integrou a Chapa 01, tendo o Professor da Aroldo Félix, Professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e Coordenador Nacional do MLC, na sua composição.

As eleições ocorreram em um momento político delicado para as Instituições de Ensino Superior. Nos últimos governos foram inúmeros ataques ao orçamento e a toda comunidade acadêmica, afetando também a pesquisa e a extensão, comprometendo assim a principal contrapartida das Universidades e Institutos a população. 

A aprovação da Emenda Constitucional 95, popularmente conhecida como teto de gastos, aprovada no Governo Temer, vem limitando o orçamento da União na educação e outras áreas sociais. Se não bastasse isso Jair Bolsonaro cortou através de bloqueios e contingenciamentos 20% do orçamento do Ministérios da Educação e 44% do Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação. Entrando para a história como o Presidente que mais cortou do orçamento da educação.

O novo Governo aprovou em 19 de abril um repasse de R$ 2,44 bilhões de reais para recompor o orçamento de Universidades e Institutos, porém, com as articulações para a aprovação do arcabouço fiscal o Governo Lula comprometerá o orçamento.

O sindicato foi essencial nos tsunamis da educação e nas mobilizações nacionais a Brasília, a realidade da educação brasileira não é mais desastrosa graças as essas ações. Nesse cenário de luta contra o desmonte da educação pública a eleição do ANDES-SN foi uma batalha importante e a eleição da chapa 01 permite a entidade manter o alinhamento com as lutas da categoria e a autonomia e independência frente a Governos, Reitorias e Partidos.

Segundo o Professor Aroldo Félix, eleito 2° vice-presidente da Regional Nordeste III (BA/SE/AL), o Andes-SN terá duras e importantes batalhas pela frente. Uma delas é garantir, junto com as outras entidades dos servidores públicos federais articuladas pelo Fonasefe e Fonacate, a recomposição salarial de 26,94% referente as perdas salarias durante os quatro anos do governo Bolsonaro. Este ano a categoria conquistou 9%, mas ainda falta muito para cobrir as perdas do último período. Além desta reinvindicação, as professoras e professores das Universidades Federais, Estaduais e Municipais, dos Institutos Federais, Cefet e Colégios de Aplicação da base do Andes-SN, juntos com o sindicato nacional, irão travar lutas por reajuste salarial, restruturação das carreiras, isonomia entre ativos e aposentados, melhores condições de trabalho, revogação das contrarreformas trabalhista e da previdência, mais investimentos nas Instituições Públicas de Ensino, ampliação do orçamento para pesquisa, contra o assédio moral e sexual, combate ao racismo, machismo, LGBTfobia, capacitismo e todas as formas de discriminação.

Estas foram as principais bandeiras e compromissos da chapa 1 durante os mais de 50 dias de campanha em diálogo com milhares de professoras e professores nas dezenas de Universidades, Institutos Federais e Colégios de Aplicação visitados.

Para Aroldo o processo eleitoral revelou uma grande recepção às propostas e à política defendidas pela chapa e uma insatisfação com o cenário atual da educação pública em nosso país e com o descaso evidente com toda categoria, principalmente após as medidas do governo que foi considerado inimigo número 1 da educação, o governo Bolsonaro. 

Ao todo foram 16.351 votos, sendo 7.058 votos para a Chapa 01, 2.253 para a chapa 02 e 6.763 para a chapa 03. A nova diretoria eleita tomará posse no 66º Conad, entre os dias 14 e 16 de julho de 2023, na cidade de Campina Grande-PB.

Matéria publicada na edição nº 272 do Jornal A Verdade.

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