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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

O individualismo na luta revolucionária

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Ato 1º de maio de 2023. Foto: Felipe Paiva

O individualismo deve ser reconhecido como uma prática nociva que precisa ser combatida para fortalecer a luta revolucionária e a construção de uma nova sociedade.

Jesse Lisboa – UJR PE


JUVENTUDE – O individualismo é uma mentalidade arraigada na sociedade capitalista, na qual o sucesso pessoal e a competição são exaltados como bons valores. No entanto, o individualismo deve ser reconhecido como uma prática nociva que precisa ser combatida para fortalecer a luta revolucionária e a construção de uma nova sociedade.

No cerne do marxismo-leninismo está a busca pela libertação da classe trabalhadora e a superação da exploração do homem pelo homem. Essa ideologia promove a consciência coletiva e a solidariedade entre os oprimidos, colocando os interesses da classe trabalhadora acima dos interesses individuais. É a ideologia que desperta a consciência humana para os problemas sociais e incentiva a transformação em direção a uma nova conduta de vida.

Porém, mesmo entre aqueles que se declaram marxistas-leninistas, é possível encontrar manifestações de individualismo que se chocam com os princípios essenciais dessa ideologia. Vaidade, arrogância, busca por reconhecimento pessoal e resistência à autoridade dentro do partido são exemplos de comportamentos individualistas que minam a coesão e a unidade necessárias para alcançar os objetivos revolucionários.

É importante compreender que o individualismo não surge do vazio, mas é alimentado pelas ideias dominantes da classe burguesa. Na sociedade capitalista, somos bombardeados diariamente por mensagens que exaltam a competição, o sucesso individual e a busca pelo lucro pessoal. Essas ideias permeiam o senso comum e exercem uma influência insidiosa nas pessoas, muitas vezes sem que elas percebam.

É fundamental reconhecer a origem dessas ideias individualistas e combater sua influência. A luta revolucionária não pode ser travada com atitudes superficiais e promessas vãs de mudança. É preciso uma luta constante contra as concepções individualistas arraigadas em nós.

Dentro dos núcleos, é necessário fomentar a camaradagem, a solidariedade e o respeito mútuo. Os debates devem ser conduzidos de forma fraterna, valorizando a escuta atenta e o aprendizado coletivo. As decisões devem ser tomadas com base na discussão e na análise coletiva, evitando-se a disseminação da desconfiança e do ceticismo.

É fundamental compreender que a autoridade dentro do partido não deve ser vista como algo opressivo, mas como um instrumento necessário para a ação revolucionária. A unidade de ação é essencial para enfrentar a classe dominante e construir a nova sociedade. O enfraquecimento da autoridade no interior do partido equivale a aderir ao velho espontaneísmo e comprometer a conquista da revolução.

Portanto, é importante estarmos atentos às manifestações de individualismo em nosso cotidiano e trabalhar constantemente para superá-las. Devemos lembrar que a luta revolucionária não é uma questão de ego pessoal, mas sim uma batalha coletiva pela libertação de todos os povos oprimidos, de toda a classe trabalhadora. Somente por meio da construção de uma consciência coletiva, da solidariedade e da ação unificada é que poderemos avançar em direção a uma sociedade justa e igualitária.

 

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