Estudantes expulsam ideólogo sionista em ato antifascista na UFAM

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Estudantes impedem evento fascista e expulsam representante da propaganda o Estado de Israel. O ato foi em solidariedade ao povo palestino, vítima do genocídio cometido pelo regime fantoche da OTAN no Oriente Médio.

Jefferson Ramos e João Péricles | Manaus


BRASIL – Ontem (10), na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ocorreu um ato contra a palestra do sionista André Lajst. Convidado pelo Instituto Ajuricaba, organização de caráter de extrema-direita, ele é um ex-militar das Forças de Defesa de Israel, autodenominado “especialista no conflito Israel x Palestina” e propagandista pró-Israel no Brasil.

Além de já ter agredido um estudante desta mesma universidade em 2018, por estar portando cartazes com a bandeira da Palestina em ato contrário às suas falas, também já declarou, em suas propagandas a favor de Israel, ser a favor do genocídio do povo Palestino e que seria necessária uma “limpeza étnica”, falas de teor fascista que em muito se assemelham os piores regimes fascistas da história da humanidade. 

Ainda assim, a reitoria e os servidores da instituição não só foram coniventes, como responsáveis diretos por garantir sua presença, desta vez com escolta armada. Convocados pelo reitor, a escolta fornecida ao fascista foi realizada pela Polícia Federal, armados até os dentes para reprimir os militantes totalmente desarmados que manifestavam no local.

Um manifestante foi inclusive levado detido enquanto manifestava-se pacificamente, apesar das mentiras contadas pelos jornais burgueses, além de uma mulher árabe ter sido atacada com brutalidade pelos policiais.

Os jornais burgueses, juntos das organizações de extrema-direita responsáveis pelo evento, estão tentando confundir a população alterando a ordem dos fatos ocorridos. A natureza da manifestação e as informações relevantes para o entendimento do caso foram omitidas.

Alegando se tratar de uma palestra sobre “Empreendedorismo” que em nada falaria sobre o conflito entre Israel e Palestina, ocultam que o sionista objetivava apresentar o suposto “modelo de empreendedorismo e inovação de Israel”, afirmando que tal “cultura empreendedora está por trás dos fatores que levaram o país a se tornar um dos principais centros de inovação”.

A ideia era apresentar como esse modelo se aplicaria ao Brasil, escondendo da população que o sucesso desse modelo só foi possível em cima do roubo da riqueza do território palestino, ou seja, um modelo que se baseia na violência, coisa que o sionista defende que seja implantado em nosso país.

Ao contrário do que foi falado pela grande mídia, uma servidora da instituição saiu do auditório para tentar “conciliar os ânimos”, mas não foi nada disso o que aconteceu na realidade. Ela estava completamente hostil e recusou-se a dialogar, inclusive impedindo diretamente a entrada no auditório de quem quer que estivesse com bandeira ou símbolos de apoio ao povo Palestino, postura completamente contrária ao que defende o espaço público da Universidade.

A servidora ficou provocando os estudantes o tempo todo, atacando os manifestantes com puxões de cabelo o que levou à reação devida por parte dos manifestantes.

Um militante foi agredido no início do evento enquanto poucas pessoas ainda se reuniam para manifestar, enquanto ligava uma caixa de som com músicas pró-Palestina abraçado na bandeira da Palestina.

A militância da Unidade Popular, do movimento Correnteza e da UJR se fizeram presentes, em apoio ao DCE da Universidade, para que a palestra do sionista fascista não ocorresse. Dezenas de estudantes gritaram palavras de ordem e estenderam suas bandeiras na manifestação antissionista em defesa da democracia. 

Ao som de “Recua, fascista, recua!”, os estudantes conseguiram calar o sionista, impedir que acontecesse a palestra e evitar que mais de 100 inscritos conseguissem entrar no auditório, restando lá dentro pouco mais de 20 pessoas, quase todos da organização que promovia o evento.

Além disso, conseguiram pegar uma bandeira fascista dos promotores do evento, rasgaram-na e queimaram-na, dando a ela o fim que ela merece, concretizando o símbolo dessa vitória sobre os fascistas que tentaram promover dentro das dependências da universidade pública ideias que violam leis internacionais e os direitos de autodeterminação do povo palestino.

É importante deixar claro que o ato foi de natureza antissionista, ou seja, contra a ideologia fascista que busca justificar a violência exercida pelo Estado de Israel sobre o povo Palestino e não antissemita como eles afirmam. O ato não foi contra o judaísmo ou contra o povo judeu, mas contra a política de extermínio e o apartheid defendido pelo sionista André Lajst.

O próprio povo Palestino é um dos povos que compõem o grupo dos semitas (árabes e hebreus), então definir o ato como antissemita não faz sentido, buscando equiparar os manifestantes ao nazismo (velha estratégia da política burguesa), mas os fascistas buscam se apoiar ignorância do povo sobre o assunto, mas o povo não é burro para cair nessa.

Desse modo, queremos reiterar que com a UJR fascista não se cria, viva o povo Palestino, viva a unidade dos povos!