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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Brasil somou 558 greves no primeiro semestre

Redação


TRABALHADORES – No primeiro trimestre deste ano, o Sistema de Acompanhamento de Greves do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), registrou 558 greves. Destas, mais de 200 (37,5%) foram realizadas pelos trabalhadores da esfera privada, com destaque para as mobilizações dos rodoviários do transporte coletivo urbano; dos profissionais da saúde que atuam em organizações sociais (que, apesar de privadas, atuam no serviço público de saúde); e dos trabalhadores terceirizados, que também são contratados por empresas privadas e atuam principalmente em unidades públicas escolares e de saúde (na limpeza, em cozinhas e lavanderias).

A participação dos servidores públicos nas greves foi a mais expressiva (58%). Predominam as mobilizações na educação e as chamadas “greves gerais”, que envolvem o conjunto dos profissionais de determinada administração pública.

Nas empresas estatais, os trabalhadores cruzaram os braços seis vezes – com destaque para as greves no transporte metroviário. Na esfera privada, a exigência de regularização de valores em atraso esteve presente em quase dois terços das pautas (62%) e itens relativos à alimentação (tíquetes, cesta básica), em quase um terço (30%). Reivindicações relacionadas aos pisos salariais (58%) e ao reajuste dos salários (47%) foram as mais frequentes entre os servidores públicos – envolvendo majoritariamente profissionais da educação, mas também da saúde. Entre os trabalhadores nas estatais, repetem-se, com a mesma proporção de exatamente um terço (33%), reivindicações ligadas à melhoria das condições de trabalho, à necessidade de contratação, à proteção do emprego contra dispensas e ao pagamento da PLR.

Vale destacar que em várias destas greves, mesmo com direções de sindicatos sem disposição de convocá-las, as bases das categorias, com grande disposição de luta, aprovaram nas assembleias a decretação da greve, como no caso dos trabalhadores em educação no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.

Todos esses elementos demonstram uma grande disposição de luta da classe trabalhadora brasileira.

Matéria publicada na edição nº 278 do Jornal A Verdade.

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