Na última semana foi realizada a eleição do Diretório Central dos Estudantes da UFRJ. A Chapa 1 “Nós na UFRJ: Ousadia para Avançar”, formada pelo Movimento Correnteza e a UJC, foi eleita com 55,1% dos votos.
Redação Rio
JUVENTUDE – Entre os dias 26 e 28 de Setembro foram realizadas as eleições do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A Chapa 1 “Nós na UFRJ: Ousadia para Avançar”, composta pelo Movimento Correnteza, pelo MUP e estudantes independentes, foi eleita com 3777 votos (55,1%). A eleição contou ainda com outras duas chapas. A Chapa 2 ficou com 25,1% e a Chapa 4 com 19,8%.
A Chapa 1, que contava com mais de 1800 estudantes apoiadores, presentes em todos os campi da universidade e também na modalidade EaD, foi a mais diversa do processo. Essa composição reflete o trabalho diário do Movimento Correnteza na Universidade, a partir das últimas gestões do DCE e da atuação em diversos Centros Acadêmicos, atléticas, coletivos e iniciativas estudantis.
Após uma série de consultas e debates aos estudantes dessa modalidade, essa foi a primeira eleição em que os estudantes do EaD participaram da votação. Essa histórica participação mostra o compromisso do DCE da UFRJ na ampliação da democracia da entidade, que busca ainda criar nessa próxima gestão uma diretoria dos estudantes do semipresencial.
Durante a última gestão – “É Tudo pra Ontem” – o DCE da UFRJ pautou a luta contra o fascismo de Bolsonaro, em defesa da educação pública, contra a privatização da universidade e por mais assistência estudantil. A luta conquistou o descongelamento de verbas, aumentos nos auxílios, ampliando a luta por mais bandejões na universidade e criando uma diretoria de inclusão e acessibilidade, formada por estudantes com deficiência.
A eleição também foi marcada por importante participação estudantil, contando com expressiva votação nos campi do Interior e em diversos cursos nos campi da capital.
Para Henderson Ramon, estudante da Escola de Belas Artes (EBA) e integrante da Chapa 1, “a eleição foi um momento muito importante para a mobilização dos estudantes. Nossa chapa foi a mais diversa e presente em todos os espaços da universidade. Este resultado é a realização deste trabalho.”
Ataques vândalos ao Jornal A Verdade
Essa eleição, infelizmente, foi marcada por diversas práticas de fake news, difamação e de despolitização por parte das outras chapas. Um mural do Jornal A Verdade foi vandalizado num ataque de caráter reacionário contra a imprensa popular. O fato ocorreu no campus da Praia da Vermelha durante o processo de campanha.
Apesar de não se saber a autoria dos ataques, foi também uma tentativa de intimidar a imprensa independente, Isto num espaço onde os órgãos de mídia populares sempre tiveram muita adesão, fosse a própria mídia impressa, como o nosso jornal, ou outros meios de comunicação.
Mas o clima de ataques não pôde afastar o corpo discente do debate central da eleição: ampliar a luta pela permanência estudantil e pela recomposição do orçamento da universidade.
É a avaliação de Henderson Ramon também. “Depois de um ano de muitas lutas contra os ataques à nossa universidade e à educação, mas também de muitas conquistas, precisamos avançar nossa luta por auxílios, permanência e estrutura”, afirmou.