Patrimônio dos 280 bilionários brasileiros equivale a 15,35% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, afirma a revista Forbes. Enquanto isso, a população pobre tem que escolher entre comer e pagar o aluguel, vivendo na mais absoluta miséria.
Igor Barradas | Redação RJ
BRASIL – De acordo com pesquisa divulgada esse mês pela revista Forbes, o patrimônio dos 280 bilionários brasileiros equivale a 15,35% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2022, a riqueza produzida pelo Brasil foi de R$ 9,99 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Atualmente, o patrimônio somado dos bilionários da lista da Forbes é de R$ 1,52 trilhão, demonstrando o tamanho das grandes fortunas. O PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período.
De acordo com a pesquisa, os dez mais ricos do países são Vicky Sarfati Safra (Banco Safra), Eduardo Luiz Saverin (Facebook), Jorge Paulo Lemann (AB Imbev), Marcel Herrmann Telles (AB Imbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Imbev), André Santos Esteves (BTG Pactual), Alexandre Behring (3G Capital), João Moreira Salles (Itaú), Walter Moreira Salles Junior (Itaú) e Fernando Moreira Salles (Itaú). Entre as empresas que mais contribuíram com novos bilionários aparecem ainda a Magazine Luiza, Rede D’Or, M. Dias Branco e Votorantim.
Crescimento da riqueza capitalista e exploração dos trabalhadores
Por que uma minoria de ricos moram em luxuosas mansões, acumulam jatinhos e a cada dia aumentam seu capital, enquanto uma expressiva maioria de pessoas acumulam dívidas e são obrigadas a viver em moradias improvisadas com papelões, plásticos e pedaços de madeira nas praças, calçadas e viadutos?
Em momentos de crise, em todos países capitalistas, a miséria do povo provém do fato de que os produtos que se destinam à venda garantem o lucro dos bilionários. Esses detém controle dos meios de produção e lucram através do aumento do preço dos artigos básicos de sobrevivência e da superexploração da classe trabalhadora.
Não à toa, de acordo com a mesma pesquisa, o setor de alimentos foi um dos que mais lucraram (R$ 51,5 bi). Os bilionários desse ramo crescem os preços do feijão, da carne, pois tudo é produzido não para alimentar as pessoas, mas para acumular capital.
A indústria farmacêutica também não deixou de ter seus lucros fabulosos (R$ 17,23) a partir da elaboração e distribuição dos medicamentos. Os bilionários desse ramo também enriquecem seus bolsos através da situação lastimável que encontram-se as pessoas pobres doentes, obrigadas a gastar rios de dinheiro em remédios.
Não há dúvidas, portanto, que é preciso encerrar com o poder político dos bilionários e expropriar suas indústrias, garantindo a socialização dos meios de produção que controlam. Isso só pode ocorrer com o controle da classe operária e das massas operárias sobre a economia. Dessa forma será destruída a anarquia dos mercados, com a produção, administração e distribuição de toda riqueza produzida sendo realizadas através de uma forma planificada, com a participação dos explorados nesse processo.