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sábado, 27 de abril de 2024

Brigada da UJR vende 384 jornais no Ceará

A militância da UJR no Ceará realizou, no último dia 05 de setembro, a maior brigada da sua história, vendendo, num único dia, 384 jornais nas escolas e universidades, locais em que a Juventude Rebelião realiza o trabalho, tanto em Fortaleza, como em Juazeiro do Norte, Crato e Quixadá.

Victor Davidovich | Fortaleza


IMPRENSA – Há alguns meses, a União da Juventude Rebelião (UJR) definiu as terças-feiras como dia de brigada nas escolas e universidades de todo o país, a fim de aproximar ainda mais os estudantes do jornal A Verdade

Aos poucos, essas brigadas têm tomado corpo e os leitores do jornal vão percebendo a importância da mídia popular, escrita e financiada pelo próprio povo, para combater as mentiras das mídias da burguesia. Não é raro, por exemplo, ver a mídia tradicional defendendo os cortes de gastos do governo em áreas sociais, como educação, sem nunca falar dos gastos que beneficiam diretamente os grandes capitalistas, como o criminoso esquema da dívida pública.

Decidida a denunciar essas injustiças e ampliar a propaganda do socialismo, a militância da UJR no Ceará realizou, no último dia 05 de setembro, a maior brigada da sua história, vendendo, num único dia, 384 jornais nas escolas e universidades, locais em que a Juventude Rebelião realiza o trabalho, tanto em Fortaleza, como em Juazeiro do Norte, Crato e Quixadá. 

Vender essa quantidade de jornais só foi possível com disciplina, acompanhamento das tarefas e debate político nos núcleos e coordenações. Contudo, ainda é preciso melhorar muito o trabalho do jornal entre a juventude para que a cada edição alcancemos novos limites. 

As denúncias políticas 

A quantidade vendida deve ser celebrada ao mesmo tempo em que é preciso haver vontade e disposição de levar a imprensa revolucionária a mais e mais pessoas. Se numa edição atingimos uma determinada quantidade de jornais vendidos, a meta deverá ser aumentada na edição seguinte, sem nunca retroceder. Também é necessário um maior número de matérias denunciando as condições de vida da juventude no capitalismo e mostrando as vitórias conquistadas em momentos de luta e organização. O jornal A Verdade deve ser o porta-voz da indignação. 

Hoje, no capitalismo, a juventude é assombrada por diversos problemas causados por esse sistema. A juventude negra e moradora de periferias sofre diariamente com a violência do crime organizado e das polícias; as mulheres são frequentemente vítimas de inúmeras violências; em grande parte das escolas públicas falta todo tipo de estrutura e de apoio ao desenvolvimento dos estudantes – a maioria sequer tem como perspectiva a possibilidade de entrar no ensino superior, devido à escassez de vagas nas universidades públicas.

Muitos são levados a trabalhar desde crianças e encontram uma realidade de desemprego e de trabalho informal que não lhes garante direitos. Tudo isso ocorre enquanto poucos milionários e bilionários lucram com a exploração dos trabalhadores e com o roubo do dinheiro público.

Assim, a venda e a leitura do jornal nos locais de estudo e atuação da UJR é uma iniciativa fundamental, pois permite que os estudantes identifiquem as causas dos problemas que encaramos diariamente. Os exemplos de denúncias políticas e lutas vitoriosas de estudantes e trabalhadores em todo o país também mostram que é possível transformar a realidade em que vivemos e combater o conformismo e o desânimo.

A juventude, em toda a história do Brasil, deu exemplos marcantes de indignação e rebeldia, em especial contra a ditadura militar, e, nos últimos anos, em defesa da educação pública, quando, em mais de uma ocasião, derrotou os cortes de investimentos feitos por Michel Temer e Jair Bolsonaro.

A venda recorde da juventude cearense também celebrou os 50 anos da imortalidade dos heróis do Partido Comunista Revolucionário (PCR), completados no dia anterior, 04 de setembro. Nessa data, em 1973, Manoel Lisboa de Moura, um dos fundadores do PCR, foi morto, aos 29 anos, em decorrência de brutais torturas cometidas pelos agentes da ditadura militar, que nunca foram punidos.

Manoel foi perseguido e torturado porque dedicou sua vida a combater a exploração capitalista, que ainda joga os trabalhadores brasileiros na miséria, e não abaixou a cabeça quando os militares promoveram o Golpe de Estado, em 1964, com a finalidade de acabar com qualquer resistência popular por melhores condições de vida.

Manoel Lisboa se transformou em exemplo e semente, que hoje germina em cada canto do país. Que mais e mais brigadas aconteçam em cada escola e universidade!

Matéria publicada na edição nº279 do Jornal A Verdade.

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