UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

O jornal na organização e na propaganda do Partido

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Igor Barradas | Macaé (RJ)


Tendo como base as ideias marxistas-leninistas sobre a imprensa do Partido, o jornal A Verdade foi fundado há quase 24 anos. Desde que surgiu, o jornal desempenha um papel decisivo para a transmissão da linha política das organizações que o constroem, contribuindo para a formação da militância, difusão de informações relevantes sobre a atividade do Partido e recrutamento de novos militantes para as fileiras da Revolução.

Há certas circunstâncias em que esse papel decisivo se expande, é ampliado, e adquire uma importância imensa. Por exemplo: durante a pandemia de Covid-19, a população pobre brasileira se encontrava diante de uma situação extrema de morte, crise, fome e miséria. O jornal impresso, nesse momento, foi o elo fundamental para manter vivo o contato pessoal com o povo através de suas manchetes enérgicas. 

Com A Verdade, milhares de pessoas leram que o regime de escravidão assalariada capitalista era o verdadeiro responsável pelos problemas que estávamos passando. De casa em casa nas campanhas de solidariedade do MLB, nas praças, nos atos pelo Fora Bolsonaro, militantes corajosamente levaram as palavras de ordem do jornal A Verdade sob condições adversas e combateram as mentiras do governo fascista.

As novas forças que surgiriam com a implantação do Partido em diferentes locais exigiam que a distribuição e a divulgação de A Verdade fossem ampliadas com ousadia, sobretudo nas brigadas nacionais. Por isso, foram organizadas verdadeiras redes de distribuição entre os trabalhadores.

A difusão do jornal impresso cumpre um papel múltiplo: distribuir o jornal, manter vivo o contato com as massas, organizar a dinâmica interna do Partido e ainda recrutar. De fato, essa atividade servirá para ampliar o número de leitores e assinantes do jornal e colocar em prática uma lista de novos assinantes em todas as localidades em que há brigadistas do jornal.

 

Política revolucionária 

Perguntam se o jornal possuiria uma grande envergadura e capacidade de ser um difusor político se não fosse prioritariamente editado de forma impressa, física. A resposta: não. Como ser um veículo político, ideológico e guia organizativo das tarefas do Partido em nível nacional se ele não atingisse os militantes e demais leitores?

Com um jornal impresso, além da notícia estampada, há o contato verbal e presencial entre os brigadistas (que são verdadeiros tribunos populares) e as pessoas que recebem a informação, estabelecendo-se um processo de comunicação em que esses leitores podem opinar, e não apenas serem “consumidores” de informação.

Somente os partidos reformistas que abandonaram a teoria da revolução proletária, afastaram-se das massas e perderam referencial popular poderiam pensar que é possível trabalhar sem dar prioridade a um órgão de imprensa. Ainda mais que milhões de brasileiros não possuem acesso à internet e dependem de um brigadista que leva a elas as ideias revolucionárias por meio das páginas do jornal.

 

Alargar o fio condutor da organização

O “fio condutor” para a criação da organização revolucionária na Rússia era o jornal político, que, de acordo com Lênin, maior revolucionário do século 20, iria “fazer progredir sem cessar essa organização em profundidade e em largura, para toda a Rússia (…), fiel aos princípios e abarcando os diversos aspectos da vida”. E foi isso que os bolcheviques fizeram. 

O “jornal dos trabalhadores na luta pelo socialismo” cresce a cada ano, aumenta sua tiragem e circula em mais mãos.

Como dizia Lênin, sem um jornal político regular, que chegue às mãos do povo, é impossível formar consciência política e suscitar a atividade das massas para fazer a Revolução, varrer, acabar com o capitalismo e implantar o socialismo.

Matéria publicada na edição nº 280 do Jornal A Verdade.

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