A luta contra o capacitismo no processo revolucionário

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A falta de acessibilidade, assistências e de abertura de espaços para debates com pautas direcionadas para as lutas das pessoas com deficiências (PcD’s).

Evelyn Vitória | Belém


LUTA POPULAR – É reflexo da nossa sociedade capitalista que oprime, exclui e marginaliza as pessoas com deficiências (PcD’s), na qual passamos, diariamente, por humilhações, dificuldades e preconceitos. Essas realidades dentro das escolas e universidades são problemas que se apresentam na nossa sociedade como forma de exclusão, falta de empatia e aprofundamento de problemas como falta de emprego, educação, etc.

Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, em 2019, apenas 16,6% da população brasileira com deficiência possuía ensino médio completo, contra 37,2% das pessoas sem deficiência. Vemos um grande déficit na assistência estudantil, por muitos alunos de escolas e Universidades que acabam abandonando seus estudos por não conseguirem permanecer por falta de acessibilidade como rampas, banheiros, livros em braille, professores fluentes em libras entre outras demandas.

Se faz urgente debater sobre evasão escolar quando PcDs tem o maior risco de evasão escolar por não ter o mínimo de seus direitos garantidos na prática, como diz a lei brasileira de inclusão das pessoas com deficiências no capítulo IV da Lei nº 13.146/2015 Dos direitos à educação.

O papel da juventude na luta anticapacitista

O responsável de tudo isso, que é o sistema capitalista, que nos oprime, humilha e garante de reelembrar, incansavelmente, que não passamos de mercadoria. O governo, prestando o pagamento somente um salário-mínimo por mês, tenta nos colocar na posição desumana de não ter acesso a lazer, esporte, cultura e muito menos tenta garantir que tenhamos acesso à educação, trabalho e saúde de qualidade com todos os direitos garantidos.

Nós, como juventude, partido, movimento social, devemos colocar em prática, imediatamente, a luta pelo desgaste deste sistema. Temos que dar espaço para debates, lutar pela acessibilidade,  assistência estudantil e permanência, além da luta inclusão social e nos adaptarmos para que essa luta avance, pela humanização e pela construção do socialismo.