UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

domingo, 24 de novembro de 2024

Escola de samba celebra luta da classe trabalhadora em desfile na Sapucaí

Outros Artigos

Com o enredo “A nossa luta continua!”, a Em Cima da Hora celebrou a luta da classe trabalhadora e denunciou a exploração na Passarela do Samba, no segundo dia de desfiles da Série Ouro. A agremiação do bairro de Cavalcanti lembrou momentos importantes da história da luta dos trabalhadores.

Felipe Annunziata | Redação


CULTURA – “Marquei o ponto, mas rasguei minha carteira / Brava gente brasileira é tempo de revolução”, com esse verso a Escola de Samba Em Cima da Hora cantou as lutas e denunciou a exploração dos trabalhadores na Marquês de Sapucaí no segundo dia de desfiles da Série Ouro, o grupo de acesso do carnaval carioca. No carnaval em que se completam os 40 anos da Passarela do Samba, a agremiação de Cavalcanti, na Zona Norte do Rio, lembrou o Manifesto do Partido Comunista, de Marx e Engels, a primeira greve geral de 1917 e outros momentos marcantes da luta dos trabalhadores.

Com um samba-enredo que animou a comunidade e as arquibancadas do sambódromo, a escola mostrou também os ataques aos direitos trabalhistas. Em várias alas e alegorias, os componentes traziam fantasias que denunciavam os ataques à CLT e o aumento da exploração com o trabalho informal.

Já no abre-alas a escola trouxe uma alegoria intitulada “Revoluções industriais: o capitalismo x o proletariado”, mostrando como a luta de classes está no dia a dia dos trabalhadores. O direito de greve e o movimento sindical foi exaltado pela escola, bateria veio fantasiada de operários e quando faziam as famosas paradinhas estendiam uma faixa escrito “estamos em greve”.

A escola também lembrou as categorias que trabalham no carnaval carioca. Todos os anos a indústria do carnaval mobiliza milhares de trabalhadores na escolas de samba, desde carnavalescos, costureiras, ferreiros, empurradores, figurinistas, aderecistas e dezenas de outras categorias. Hoje, a maioria destes trabalhadores vivem na informalidade e com garantia de emprego apenas no período de preparação e realização do carnaval.

O desfile da Em Cima da Hora trouxe um enredo em que mostra a realidade que a maioria do nosso povo vive, denunciando a exploração capitalista. O tema da escola entra na avenida em um ano em que muitas escolas trazem denúncias importantes, como o Acadêmicos do Salgueiro, que neste ano denuncia o genocídio do povo Yanomami, e a Paraíso do Tuiuti que trará para a avenida a história de João Cândido e da Revolta da Chibata, ambas escolas do Grupo Especial.

Confira o desfile completo da Em Cima da Hora aqui.

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes