UJR realiza atividade formação para estudantes secundaristas no Rio de Janeiro

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No dia 29 de janeiro a União da Juventude de Rebelião (UJR) junto ao Movimento Rebele-se, realizou na capital fluminense um ativo sobre a atuação do movimento estudantil secundarista, que reuniu jovens revolucionários de diversas regiões do estado.

Bianca Almeida | Rio de Janeiro


JUVENTUDE – Durante a manhã foi feito um balanço do trabalho realizado no último período, a atuação dos grêmios estudantis, a implementação do plano secundarista do movimento rebele-se e como todo esse processo deve ser realizado profundamente ligado ao cotidiano de todos os estudantes, do ensino fundamental ao médio, da rede pública à privada. 

Na parte da tarde, discutiu-se a importância da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), do 45° Congresso da UBES e qual o papel do Movimento Rebele-se enquanto maior movimento de oposição dentro da entidade, que desde 1990 está nas mãos de um setor (principalmente o PCdoB e sua juventude, UJS) que faz a entidade não ter mais o reconhecimento da sua base, burocratizam o seu Congresso e não a colocam a serviço dos estudantes.

O debate coletivo é essencial para o aprofundamento do método que iremos aplicar no nossa atuação no Movimento Rebele-se, democratizando como cada estudante pode contribuir para isso, como destacou Ana Clara, vice-presidente da União Cabofriense dos Estudantes e estudante do Colégio Estadual Professor Renato Azevedo. “Foi um importante espaço de formação, e principalmente pra planejar o ano, teve muita troca, foi muito bom ouvir a fala dos companheiros, a visão de cada um sobre a experiência do último CONUBES e como os estudantes que nunca foram acham que vai ser o congresso desse ano.”, afirmou.

A continuação da implementação da reforma do ensino médio na rede pública, diariamente destrói o sonho de milhares de estudantes de acessar a universidade através do vestibular ao cortar matérias cobradas obrigatoriamente no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), aumenta a cada ano a evasão escolar, etc. Além disso, o orçamento que deveria ser destinado para educação (2,7% do orçamento) é destinado para o pagamento da dívida pública (46,3% do orçamento) enquanto não se tem sequer papel higiênico no banheiro das escolas. 

A realidade da estrutura física e de ensino das escolas estaduais do Rio, segundo Kauã Lucas, diretor de cultura da União Nilopolitana dos Estudantes Secundaristas e estudante do Colégio Estadual Marechal Zenóbio da Costa, “é totalmente caótica, a gente vê um esforço por parte da maioria dos professores e que eles tentam usar das matérias eletivas como “projeto de vida” para tentar complementar as matérias que estão em falta mas isso não é o suficiente pro que a gente precisa. O orçamento que é enviado pra escola é cada vez menor, tem dia que falta lanche, você desce pro café da manhã e não dá pra todo mundo, além de salas caindo aos pedaços e inativas. Lá no Zenóbio, metade da escola não é usada e fica sem função.”

Por isso, este ativo da UJR cumpriu o papel importantíssimo de enfatizar cada vez mais a importância de levar uma representação histórica para o 45° CONUBES chegando mais perto de trazer de volta para os estudantes este instrumento de luta e o movimento estudantil combativo, que organize os estudantes que se indignam não só com a situação da educação no país mas também com a exploração que nosso povo vive diariamente.