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sábado, 27 de abril de 2024

Secundarista Trans: rebele-se na UBES!

Se aproxima o 45° Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundarista, organizar-se por uma UBES combativa é a saída para garantir a permanência nas escolas e institutos de cada secundarista trans!

Kayênah Manicongo| militante do Movimento Rebele-se RS.

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Juventude – A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) tem uma importante tarefa em representar e lutar por quem cursa o ensino fundamental, médio, técnico, EJA (educação de jovens e adultos) e pré-vestibular. Ela que já teve um histórico de lutas e conquistas sendo uma verdadeira aliada do povo brasileiro, infelizmente vem se distanciando da realidade das escolas desde o fim da ditadura militar.

Burocracia afasta estudantes da UBES e da luta

Há décadas a entidade está burocratizada pela direção majoritária, comandada principalmente pela UJS/PCdoB.  Isso foi reforçado no 22° Conselho Nacional das Entidades Gerais (CONEG). Espaço  da entidade que deveria ser democrático e transparente, na verdade mostrou-se  distante dos estudantes desde o credenciamento, momento em que se valida as entidades gerais dos secundarista, que foi marcado por duros golpes às entidades que mobilizaram luta em diversos estados, entre os exemplos: Rio de Janeiro (AERJ),  São Paulo (ARES-ABC)  e Pará (UESB). 

Foi com este pretexto que aprovou-se a convocação no  dia 16 de Março do 45° Congresso da UBES (CONUBES) com um regimento construído de modo antidemocrático, burocratizando e prejudicando a participação dos estudantes, seja pelo curto espaço de tempo, seja pela alteração na contagem de delegados por escola.

Pelas vidas trans, é urgente uma UBES antifascista

Uma entidade tão importante não pode seguir distanciando-se da luta na rua, contra o fascismo e em defesa da educação. Temos visto que um dos principais alvos do fascismo em nosso país, para além da educação, é a juventude trans. A exemplo disso tramita neste momento no Senado um projeto de lei contra o uso digno de banheiros, desrespeitando a identidade de gênero nas escolas, aprovado em fevereiro pela comissão de direitos humanos da casa legislativa.

Ainda neste ano a comissão de educação da Câmara dos Deputados passou a ser presidida pelo fascista Nikolas Ferreira, réu por transfobia após ser denunciado pelo Ministério Público de MG por expor uma adolescente trans no contexto escolar. Denunciar este cenário através das redes sociais como fez o campo majoritário da entidade não basta, é preciso lutar para mudar e barrar o fascismo, protegendo a vida e permanência dos secundaristas, principalmente daqueles e daquelas cuja identidade de gênero diverge da imposta pela sociedade. Isto será possível apenas com uma entidade democrática e próxima das escolas.

Segundo o mais recente levantamento da ANTRA*, cerca de 80% da juventude trans entre 14 e 18 anos abandona o ensino, por isso não basta ter diretores trans na UBES, se faz necessário ter uma entidade que lute e mobilize todas as escolas do país com um processo transparente, democrático e capaz de eleger uma diretoria combativa, urgente pela vida de  cada jovem trans que evadiu, ou não do ensino secundarista.

 

Secundarista trans, participe do CONUBES com o Rebele-se

O Movimento Rebele-se luta nas escolas e institutos pela educação e permanência de cada secundarista, enfrentando o machismo, racismo e transfobia em cada local de atuação. Para a UBES ser de ação ela precisa ser independente, combativa e verdadeiramente democrática. É por esse motivo que junto a outros movimentos construímos a Oposição de Esquerda dentro da entidade disputando o congresso e a diretoria politicamente.

Secundarista, lute por uma entidade representativa que seja atuante e mobilizada. 

 

Por uma UBES rebelde,

Rebele-se no CONUBES!

 

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