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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Técnico-administrativos das universidades federais entram em greve por melhores salários

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Movimento grevista está sendo organizado pela Fasubra e sindicatos filiados e aumenta pressão sobre o Governo Federal para valorizar a carreira dos servidores públicos e garantir a recomposição orçamentária das universidades federais.

Redação 


TRABALHADORES – Começou no dia 11 de março a greve nacional dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs), maior categoria do poder executivo federal, responsável pelas funções de administração, atendimento hospitalar, laboratórios, redes e diversas outras atividades do dia a dia das universidades. Segundo a Fasubra, federação que reúne os sindicatos da categoria, 52 das 66 instituições já deflagraram a greve. As demais realizarão assembleias ao longo desta semana.

Dezenas de milhares de trabalhadores cruzam os braços reivindicando reestruturação da carreira e recomposição salarial pelas perdas impostas pela inflação nos últimos anos, os TAEs tem a pior remuneração média do serviço público federal. Além disso lutam por recomposição dos orçamentos das universidades, que tiveram um corte de 380 milhões de reais em 2024.

A greve dos TAEs é mais um movimento do funcionalismo público federal para pressionar o governo Lula a colocar em prática as promessas de valorização dos servidores. Além da categoria dos funcionários das universidades, servidores do IBAMA e do ICM-Bio também estão em greve por conta da falta de disposição do governo em dar um reajuste digno aos servidores.

Sintufrj faz assembleia com centenas de pessoas na UFRJ

A mobilização para a greve começou a algumas semanas e já alcança várias instituições. Na UFRJ, o sindicato da categoria realizou uma das maiores assembleias de greve da base da Fasubra até agora. Cerca de 700 pessoas se reuniram em três campi de forma simultânea para deflagrar a greve.

O Sintufrj conta com o Movimento Luta de Classes como parte de sua direção, que tem se empenhado em garantir que uma das maiores universidades do país tenha uma grande adesão à greve. É o que afirma Esteban Crescente, coordenador geral do sindicato.

“A realização da assembleia com essa quantidade de gente mostra a disposição da categoria em construir uma greve forte para defender nossos direitos. Nós, do MLC, estamos defendendo com firmeza a pauta da categoria de valorização salarial e recomposição dos orçamentos das universidades, duramente atacados durante o período de Bolsonaro.”, afirma Esteban.

A greve já começa com uma forte mobilização em várias partes do país. O movimento paredista agora deverá manter a pressão nos próximos dias e semanas para que o governo se aceite as demandas da categoria.

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