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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Greve na UnB mobiliza servidores e professores em defesa da Educação

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Greve na UnB une servidores técnicos-administrativos e professores em defesa de mais orçamento para a Educação e melhorias salariais para as categorias que constroem o ensino superior do país. Governo Federal segue sem atender à demanda dos grevistas

Caio Sad | Brasília (DF)


Na manhã de terça (4/6), os trabalhadores e trabalhadoras da Universidade de Brasília (UnB) fecharam por meio de um piquete o Instituto Central de Ciências (ICC), principal prédio da instituição de ensino, como uma das atividades de sua greve que já dura três meses. A paralisação na UnB faz parte de um movimento grevista nas universidades federais que se estende a nível nacional.

“Nós, os servidores técnicos-administrativos, estamos em greve há 90 dias e nossas reivindicações ainda não foram atendidas. Esse trancaço tem o objetivo de chamar atenção da comunidade acadêmica para as pautas dos trabalhadores” declarou Mauricio Sabino, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SINTFUB) e membro do Comando Local e do Comando Nacional de Greve.

A Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), sindicato que representa os professores, também esteve presente no piquete. Pedro Costa, do Comando Local de Greve dos docentes, declarou ao jornal A Verdade que “uma das pautas mais importantes da nossa mobilização é a recomposição orçamentária para a educação federal”. De fato, segundo nota da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), somente nas universidades Ffderais, há a demanda de R$ 2,5 bilhões no orçamento para garantir o pleno funcionamento das instituições.

A greve na UnB

Os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) da Universidade de Brasília estão em greve desde o dia 11 de março. Já os professores, desde o dia 15 de abril. Além da recomposição orçamentária da Educação, as principais reivindicações feitas pelas categorias são o aumento dos salários, defasados desde 2016, e a reestruturação da carreira dos TAEs e docentes. Ainda sem ter acordo com o Governo Federal, que se recusa a fazer uma proposta que atenda às demandas levantadas, os trabalhadores anunciam que manterão a paralisação.

“Neste ano, os deputados do Centrão terão mais de R$ 50 bilhões em emendas parlamentares. Em 2023, os banqueiros receberam  R$ 1,879 trilhão em juros e amortizações da dívida pública. Enquanto isso, as universidades estão tendo que pedir socorro”, denuncia Barbara Calista, coordenadora geral do DCE da UnB e membro do Movimento Correnteza.

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