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domingo, 30 de junho de 2024

Privatização da Sabesp é o roubo da nossa água!

Privatização da Sabesp é um saque promovido por banqueiros e corruptos fascistas como Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes. A intensa luta contra essa política inclui manifestações e plebiscitos mostrando ampla rejeição, enquanto líderes enfrentam repressão policial. Movimentos realizarão ato em frente à Bolsa de Valores de São Paulo nesta sexta-feira (28/6) às 15h. 

Redação São Paulo


BRASIL – Tarcísio de Freitas, governador de SP, e Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, ambos apoiados pelo fascista Jair Bolsonaro, querem saquear os recursos naturais do povo de São Paulo, colocando à venda a nossa água e a empresa de saneamento básico do Estado, a SABESP. Uma política privatista que tem o repúdio da imensa maioria da população do nosso Estado.

Ignorando a vontade do povo de São Paulo para atender aos interesses de empresários e banqueiros, Tarcísio montou um “comitê privatista”, conhecido como Conselho de Desestatização do Estado. O comitê privatista autorizou o presidente da Sabesp a contratar um grupo de bancos, coordenados pelo Itaú, para organizar o saque da nossa água. Ao todo, são 12 bancos, sendo os principais o Bank of America, BTG Pactual, UBS-BB, Itaú BBA e Citibank.

O grupo de bancos pretende realizar, do dia 24 a 28/06, a primeira etapa da venda das ações da Sabesp na Bolsa de Valores de SP (B3). Esta etapa tem como objetivo definir o investidor de referência que irá ser dono de 15% das ações da empresa. Duas grandes empresas, AEGEA e Equatorial, demonstraram interesse em adquirir os 15% das ações, que devem, necessariamente, ser adquiridas em bloco.

A AEGEA e a Equatorial são propriedades de grandes capitalistas nacionais e internacionais. A AEGEA é controlada pela Equipav, que detém 53% das suas ações. A Equipav, com sede na Faria Lima, é controlada por um grupo de capitalistas indianos. E mais: o Itaú detém 13% das ações totais da AEGEA, sendo ao mesmo tempo organizador e interessado na privatização.

A Sabesp detém o monopólio da água e do saneamento básico em todo o estado de São Paulo, onde 28 milhões de consumidores dependem dessa água para beber, tomar banho e cozinhar seus alimentos. A empresa teve um lucro de R$ 3,1 bilhões em 2022, R$ 3,5 bilhões em 2023 e fechou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido recorde de R$ 823 milhões. Com a água nas mãos da iniciativa privada, o preço irá às alturas, prejudicando a imensa maioria da população.

Tirem a mão da nossa água!

A luta para barrar este processo privatista vem sendo travada pelo povo desde o princípio. As votações realizadas na ALESP e nas Câmaras Municipais para autorizar a privatização foram feitas às escondidas, de maneira ilegal e ilegítima. 

Foram realizadas manifestações populares para denunciar e barrar esse processo, tanto na Assembleia Legislativa como nas Câmaras Municipais. O governador e o presidente da ALESP tiveram que apelar e usar a força da polícia militar para retirar a massa de trabalhadores do plenário à força.

Amedrontados com a luta, deram ordem à polícia militar para bater com cassetetes, tirando sangue de vários militantes e os expulsando do plenário. Levaram ainda presos quatro lideranças da Unidade Popular, dentre eles Ricardo Senese, pré-candidato da UP à prefeitura de São Paulo.

Certamente, os privatistas Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes receberam malas de dinheiro, assim como os deputados e vereadores do MDB, PL e Republicanos. No entanto, essas malas carregam propinas, são apenas uma pequena parte do saque que pretendem realizar aos recursos naturais.

Mas a insatisfação do povo contra a política privatista de Tarcísio não para de crescer. O plebiscito popular, realizado pelos trabalhadores da Sabesp e metroviários, contou com uma participação massiva do povo, contando com um total de 879.431 votantes. A esmagadora maioria, 99,975%, votou contra a privatização da água e dos metrôs de SP. Além do mais, em abril deste ano, pesquisa da Quaest apontou que 61% da população de São Paulo não aceita a privatização da Sabesp.

Conscientes da justeza dessa luta e de que, mais cedo ou mais tarde, os corruptos Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes serão derrotados, os trabalhadores, os movimentos sociais combativos, dentre eles o MLC, a UJR, o MLB, o Movimento de Mulheres Olga Benário e a Unidade Popular, seguem firmes na luta contra a privatização. Não deixaremos passar despercebido esse escandaloso roubo promovido pela grande burguesia, os banqueiros e os políticos corruptos.

Convidamos a todos e todas a se somarem no grande ato que será realizado em frente à Bolsa de Valores de SP no dia 28/06, às 15h, contra a privatização da Sabesp.

Fora Tarcísio e Ricardo Nunes! Não à privatização da Sabesp!

 

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