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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino é inaugurado na Paraíba

Com um ato político-cultural e a participação de representantes de entidades de cinco estados do nordeste, o Comitê Paraibano de Solidariedade ao Povo Palestino (COMPAPAL) foi inaugurado dia 17 de agosto.

Clóvis Maia | Redação PE e JC Moretti | Redação PB


BRASIL – No dia 17 de agosto, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (SINTESPB) localizado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ocorreu o lançamento/apresentação pública do Comitê Paraibano de Solidariedade ao Povo Palestino (COMPAPAL). O encontro contou com representantes de organizações, partidos políticos, entidades sindicais, centros islâmicos, comitês, militantes e ativistas de Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.

Com uma programação intensa, o evento debateu a situação atual do genocídio promovido pelo sionismo de Israel – apoiado pelo imperialismo mundial – apontou ações conjuntas das diversas organizações e comitês na região, além de inaugurar oficialmente o comitê paraibano. Destaque especial para a aprovação unânime da solicitação de audiência ao Governador João Azevedo para requerer a suspensão imediata de qualquer relação comercial com o Estado de Israel.

Unidade em defesa da Palestina

Adotando como uma de suas bandeiras “contra toda forma de imperialismo, colonialismo e racismo”, o COMPAPAL já atuava antes mesmo de sua inauguração, tendo realizado diversas atividades no estado desde outubro de 2023, para confrontar as distorções da grande mídia que procura justificar o genocídio intensificado pela entidade sionista governada por Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza em reação à ação da resistência palestina de 7 de outubro de 2023. Foram organizadas atividades em escolas, distribuição de panfletos no Primeiro de Maio e em dois lançamentos de livros sobre a causa palestina ocorridos em João Pessoa, realização de três atos de rua, o mais recente no dia 15 de agosto na lagoa em frente ao terminal de ônibus, no qual foi denunciada para a população a compra de mais de 600 fuzis de Israel para a Polícia Militar da Paraíba e serviu para ampliar a divulgação do evento do dia 17.

Encontro de comitês Pró-Palestina do Nordeste

Com diversas entidades e comitês participando do ato, antes da atividade cultural ocorreu uma reunião de sistematização e trocas de experiências, na qual foi aprovada uma agenda coletiva a ser implementada nos Estados para continuar impulsionando a solidariedade ao povo Palestino. Entre as entidades participantes, estava a Aliança Palestina Recife, entidade com mais de 10 anos de atuação na capital pernambucana, ali representada por André Frej que ressaltou “a importância real das forças populares deixarem de lado questões secundárias para buscar uma unidade em torno da solidariedade ao povo Palestino”.

Já Elisa Lima, que militou por quase vinte anos no Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino afirmou que “é preciso priorizar a causa da Palestina, que vai muito além dessa questão do 7 de outubro do ano passado. É fundamental trazer a participação de membros das comunidades árabes para essas articulações”.

Representando o Centro Islâmico do Rio Grande do Norte, Muhammad Tawfik, palestino que vive no brasil há 25 anos, lembrou que “as organizações e comitês precisam diversificar as formas de atuação para trazer novas pessoas e dialogar com a sociedade. É importante criticar o imperialismo, denunciar a questão econômica, mas é também fundamental mostrar que essa é uma questão humanitária, de solidariedade. Mostrar como os hospitais e as crianças estão sendo massacradas”.

Ao final do encontro foi aprovada uma agenda de lutas que incluiu a formação de blocos da Palestina nas cidades para se somar ao Grito dos Excluídos em setembro, a elaboração de uma “Carta de João Pessoa” chamando à criação e/ou reativação de comitês nos estados e a preparação de atividades para marcar o primeiro aniversário da ação da resistência palestina e da nova etapa do genocídio cometido contra o povo palestino, crime que até agora matou mais de 40 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças.

Saudação da União Palestina da América Latina ao COMPAPAL

Em nome da União Palestina da América Latina (UPAL), quero transmitir as nossas saudações revolucionárias palestinas aos companheiros e camaradas do Comitê Paraibano de Solidariedade ao Povo Palestino (COMPAPAL) que hoje celebra o lançamento de sua fundação. Saudações também para os compatriotas da Aliança Palestina Recife e Centros Islâmicos de Recife, João Pessoa e Natal. As manifestações de solidariedade, principalmente das forças progressistas, democráticas e de esquerda (partidos, movimentos, organizações e sindicatos) vem historicamente expressar a sua solidariedade e apoio à justa causa do povo palestino em sua luta pela libertação nacional contra a ocupação colonial sionista. A solidariedade que a causa palestina e sua resistência recebem das massas populares tem um papel fundamental como em outra ocasião contribuiu para a derrota definitiva do regime de apartheid da África do Sul.

O caminho do povo palestino é a resistência e a luta numa guerra de libertação popular de longo prazo até alcançar a vitória e o estabelecimento do estado palestino democrático e laico onde todos podem viver em uma condição de cidadania sem discriminação de origem, raça, cor ou religião desde o rio até o mar.

Abdel Rahman Abu Hwas, representante palestino-brasileiro na União Palestina da América Latina (UPAL)

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