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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Governador fascista mentiu para manipular eleição de São Paulo

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Desde o primeiro turno, eleição desigual em São Paulo foi marcada por fake news, compra de votos e uso da máquina pública pelos candidatos dos ricos. Nova acusação falsa de Tarcísio de Freitas escancara necessidade de punir a direita fascista por suas mentiras criminosas

Bernardo Ferreira | Campinas (SP)


Neste domingo (27/10), em meio ao segundo turno da eleição em São Paulo, a difusão de uma notícia falsa pelo governador fascista Tarcísio de Freitas sobre o candidato Guilherme Boulos demonstrou a que estão dispostos os partidos dos ricos para se manter no poder na maior cidade da América Latina. Em uma coletiva de imprensa, Tarcísio mentiu e afirmou sem provas que a facção criminosa paulista PCC estaria orientando votos no candidato do PSOL, para associá-lo ao crime organizado.

Desde o primeiro turno, a campanha de São Paulo foi repleta de distorções como a disseminação de fake news por fascistas como Pablo Marçal, a compra de votos por candidatos a vereador da direita e o uso escancarado da máquina pública para garantir a reeleição do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Além disso, candidaturas de trabalhadores como a do metroviário Ricardo Senese, da Unidade Popular (UP), não tiveram acesso a tempo de televisão e rádio e nem foram convidadas para os debates pelos grandes monopólios de mídia. Esse processo desigual foi coroado com a mentira de Tarcísio sobre Boulos no domingo, claramente pensada para causar pânico entre os eleitores no dia da eleição em São Paulo.

Impunidade eleitoral

Durante essas eleições, instituições como a Justiça Eleitoral praticamente não puniram os crimes eleitorais dos fascistas, que usam milhões de reais para impulsionar falsidades nas redes digitais. Por isso, os candidatos do fascismo e do ódio aos trabalhadores em todo o Brasil mantiveram seu método de extrema-direita de falar mentiras atrás de mentiras sobre os movimentos populares e candidatos de esquerda, confiantes da impunidade total.

Guilherme Boulos afirmou que vai entrar na Justiça para pedir a punição do governador fascista e reparação pelos danos causados pelo ataque mentiroso. Apesar disso, há poucos elementos concretos para acreditar que algo de fato vá acontecer, como mostram exemplos recentes. Na capital paulista, Pablo Marçal quase foi ao segundo turno com uma campanha de calúnias baixas e o vencedor Ricardo Nunes é acusado de desviar dinheiro para empresários aliados e obrigar servidores públicos a participarem de sua campanha. Já na cidade de Campinas, o prefeito Dário Saadi foi reeleito em primeiro turno, baseando sua campanha em abuso de poder e uso indevido da máquina pública.

Como apontou a nota da Executiva Nacional da Unidade Popular publicada na edição nº 301 do jornal A Verdade sobre o processo eleitoral, o Brasil vive cada vez mais uma falsa democracia, onde quem tem dinheiro é livre para abusar do poder político e econômico com o objetivo de vencer eleições. Enquanto isso, o povo sofre nas mãos dos patrões que financiam os candidatos fascistas com milhões de reais.

Após as eleições, ainda há luta

A incapacidade da Justiça burguesa de dar um basta aos crimes do fascismo e garantir os direitos constitucionais da classe trabalhadora demonstra que a única alternativa que o povo tem para acabar com as injustiças e desigualdades do capitalismo é a organização de um partido revolucionário e comprometido com a luta antifascista. O episódio na eleição de São Paulo escancarou o apodrecimento da democracia burguesa no país, já que os fascistas manipulam impunemente o processo eleitoral com o apoio dos ricos e o descaso das instituições.

Por isso, após as eleições, é preciso “organizar os novos filiados e filiadas nos núcleos, promover cursos de formação política e ideológica, construir materialmente o trabalho da UP e dar impulso às lutas pelos direitos da classe trabalhadora e do povo”, destaca a nota da Unidade Popular. Só assim, conclui o documento, é possível levar adiante a “luta por um país verdadeiramente livre e democrático”.

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