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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Unidade Popular defende o socialismo e combate o fascismo nas eleições

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O jornal A Verdade reproduz a nota da Executiva Nacional da UP sobre as Eleições 2024, em especial destacando o papel das candidaturas revolucionárias para pautar importantes temas nas cidades, combater os candidatos fascistas e levantar a bandeira do socialismo.


No último dia 6 de outubro, realizaram-se eleições para escolha de prefeitos e vereadores nos 5.571 municípios brasileiros. As eleições refletiram as principais contradições vividas na sociedade e foram marcadas pelas enormes desigualdades políticas e sociais, em que a burguesia concentra enormes quantias de riqueza em suas mãos, enquanto a maioria da população, a classe trabalhadora, sobrevive com as migalhas, menos do que as condições básicas para viver dignamente.

Nas eleições é a mesma realidade. Os partidos dos ricos e poderosos possuem bilhões do fundo partidário e do fundo eleitoral, milhões das emendas parlamentares, doações de grandes empresários, banqueiros e latifundiários, propaganda em TV e rádio, entre outros benefícios, enquanto a Unidade Popular (UP), partido que representa os verdadeiros anseios das classes trabalhadoras e do povo, não teve quase nada.

Os candidatos e partidos dos ricos tiveram todos os recursos necessários para defender os interesses e os privilégios da classe burguesa, como votar pela retirada dos direitos dos trabalhadores, pelo corte de verbas da educação, pelo desmonte do SUS e para manter o povo pobre confinado nas periferias das cidades, sem acesso a direitos fundamentais, sem água, coleta de lixo, transporte e energia elétrica.

Além do mais, em suas campanhas milionárias, os candidatos dos ricos usam poderosas empresas de marketing para enganar os eleitores, divulgando promessas milagrosas que nunca vão cumprir e produzindo uma imagem de bons samaritanos. Na verdade, são lobos em pele de cordeiro. Tudo isso para manter o povo submetido a serviços precários, controlados por empresas capitalistas, muitas delas de fachada, que desviam os recursos públicos para os bolsos de quem governa.

Com essas máfias no controle de serviços essenciais, promovem as privatizações nas creches, nos postos de saúde, nos transportes, no saneamento ambiental, promovem a especulação imobiliária com licenças e infra-estrutura à vontade para abocanharem as áreas mais privilegiadas das cidades. Essa é a mesma política que acontece nas Câmaras Municipais, onde os vereadores vendem seus votos para criarem leis com o objetivo de destinar as cidades apenas para usufruto das elites locais e do grande capital internacional, que rouba nossas riquezas e destrói a natureza.

Essas eleições foram marcadas por escândalos de compra de votos, pela falta de transparências e de democracia.

Pelo direito de o povo defender suas ideias

Outro grave problema foram os debates e os espaços de campanha nas redes de rádio e televisão, em que os grandes monopólios dos meios de comunicação escolheram arbitrariamente a participação dos candidatos. Entrevistam diariamente os candidatos dos partidos ricos e a eles abrem as portas quando promovem os debates ao vivo. Dão espaços descaradamente a candidatos reacionários e fascistas, como se tivessem alguma credibilidade. O resultado que vimos foi um festival de baixarias, insultos, cadeiradas e nada que representasse o enfrentamento aos reais problemas do povo.

Essa situação existe porque os meios de comunicação não são democráticos e são controlados por algumas famílias, que receberam concessões e dinheiro público durante os governos da ditadura miliar. Esses grupos de comunicação recebem anualmente milhões em publicidades das prefeituras e governos, de empresas e bancos públicos e, por isso, colocam nos debates aqueles políticos que vão manter o pagamento das publicidades.

Importante ressaltar que essas empresas são concessões públicas e que deveriam prestar contas de seus serviços à sociedade, mas não o fazem. Por isso, a UP defende a democratização dos meios de comunicação e o fim dos monopólios privados das comunicações; rever os contratos de concessões; fortalecer e criar as empresas públicas de comunicação com o controle estatal e popular. A UP defende o fim da censura e da “Lei da Mordaça” promovida pelos monopólios de comunicação, que impedem que as candidaturas revolucionárias tenham direito à livre expressão.

A UP defende o Poder Popular e o Socialismo

Por outro lado, enfrentando todas essas adversidades, as candidaturas e os militantes da Unidade Popular foram às ruas em massa defender um programa popular e revolucionário, os direitos da classe trabalhadora e do povo pobre, das mulheres e da juventude; o fim da fome, a construção de casas populares, a educação e a saúde públicas; denunciar o capitalismo e propagandear o socialismo.

A UP avança, mas é preciso crescer ainda mais!

Importantes dias nacionais de luta foram realizados, denunciando as privatizações, a fome, o genocídio do povo palestino, a violência contra as mulheres e exigindo o fim da humilhação do povo no transporte coletivo, com a defesa da municipalização destes serviços.

Apesar de toda essa desigualdade, nossa militância enfrentou o fascismo e a extrema-direita nas ruas com muita firmeza e determinação. Cabe aqui uma saudação especial a cada camarada que colocou seu nome à disposição como candidata ou candidato. Foram incansáveis!

Uma alternativa revolucionária para o Brasil 

Além disso, registramos importantes resultados eleitorais em vários estados e milhares de pessoas pediram ingresso à UP. Estes frutos nos mostram que nosso partido avança e se torna a esperança de milhões de pessoas.

Passadas as eleições, é necessário colher os frutos, organizar os novos filiados e filiadas nos núcleos, promover cursos de formação política e ideológica, construir materialmente o trabalho da UP e dar impulso às lutas pelos direitos da classe trabalhadora e do povo.

Ainda há o segundo turno em várias cidades importantes e é necessário desmascarar os candidatos do fascismo, as oligarquias e os falsos amigos do povo. Nossas posições serão definidas levando em consideração os interesses da classe trabalhadora, e não as negociatas e acordos eleitoreiros. Nossa agitação e propaganda deve continuar e se ampliar no meio do povo para agradecer os votos, desenvolver as lutas e mostrar que a UP não é um partido somente de época de eleição, mas sim de luta por um país verdadeiramente livre e democrático.

A luta pelo socialismo se fortalece! A UP cresce, luta e avança! Venceremos, camaradas!

São Paulo, 13 de outubro de 2024

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