Nas eleições para a prefeitura de Goiânia, candidatos da burguesia são um espelho dessa classe: um leque de milionários machistas e corruptos. Candidatura de Professor Pantaleão, da Unidade Popular, se propõe a enfrentar os projetos da elite e construir uma Goiânia para o povo
Bluma | Goiânia (GO)
BRASIL – Para as elites do nosso país, as eleições burguesas são um período fundamental para tentar encenar um teatro democrático que justifica sua manutenção de poder. Nos pleitos municipais, como o deste ano, os revolucionários têm espaço para denunciar para a população que as cidades são controladas pelos empresários, latifundiários e banqueiros que lucram com nosso suor e derramam nosso sangue diariamente, como fez a matéria de capa da edição nº 298 do jornal A Verdade.
Em Goiânia, há exemplos claros de burgueses e fascistas que participam dessa dança das cadeiras, prometendo tudo que não cumpriram nos mandatos passados para o povo e mentindo descaradamente com discursos de “crescimento social e econômico”. A seguir, o jornal A Verdade apresenta a ficha dos principais candidatos da direita na cidade e a alternativa apresentada pela Unidade Popular (UP): a candidatura socialista e antifascista do Professor Pantaleão.
Um fazendeiro milionário condenado pela Justiça
Declarando R$26 milhões em posses para a Justiça Eleitoral, Vanderlan Cardoso (PSD) tem participação significativa em uma fazenda e três empresas, além de ser dono de um helicóptero. O burguês foi prefeito de Senador Canedo e é senador pelo estado de Goiás desde 2018, além de ter tentado uma vez ser governador do Estado e três vezes ser prefeito da capital.
O que Cardoso não diz a seus eleitores é que em 2016, durante a eleição municipal, ele e sua esposa foram condenados na Justiça por improbidade administrativa. O casal foi sancionado por se aproveitar ilicitamente de um escritório de advocacia contratado para prestar serviços públicos durante sua gestão em Senador Canedo de 2005 a 2010. Vanderlan e a mulher tinham suas “demandas particulares” defendidas pelo escritório, contratado pelo Poder Público para regulamentar questões fundiárias.
Uma das punições previstas para o caso era a suspensão de direitos políticos por 5 anos. Contudo, passado algum tempo e uma quantidade interminável de recursos, o milionário foi absolvido pela Justiça burguesa.
Um político profissional e fraudador de certificados do Ibama
Declarando R$313 milhões, a maior parte em aplicações, apólices da dívida pública e participação em capital de empresas, Sandro Mabel (União Brasil) é um dos candidatos mais ricos das eleições de 2024 e participa da política desde 1990, quando foi eleito deputado estadual. Foi candidato à prefeitura de Goiânia em 1992 e teve cinco mandatos de deputado federal, entre 1995 e 2015.
O burguês e político profissional atualmente está no União Brasil, partido do governador fascista e latifundiário, o oligarca Ronaldo Caiado, mas já foi do PMDB (hoje MDB), PFL (que se tornaria o DEM e depois UB), Republicanos e PL. Bastante experiente nas políticas golpistas, foi assessor especial de Michel Temer.
Mabel, presidente da Federação das Indústrias de Goiás, foi autor do PL 4330/2004, um verdadeiro ataque aos trabalhadores que visava aprofundar a terceirização e desresponsabilizar as empresas contratantes, assim aumentando a exploração e cortando direitos. Em 2017, seu nome figurou na lista de beneficiários de propinas das empresas Odebrecht (hoje Novonor) e Andrade Gutierrez, que buscavam liberar a construção de uma usina hidrelétrica em Santo Antônio.
Em 2020, Sandro Mabel também foi alvo de operação da Polícia Federal que envolveu fraudes em certificados digitais do Ibama. O esquema beneficiava donos de terras embargadas da Amazônia Legal, que eram griladas digitalmente e entregues aos fazendeiros criminosos no Pará e Mato Grosso, onde Mabel possui terras em Canabrava do Norte. O prejuízo para a União foi estimado em R$150 milhões.
Um fascista contra o aborto legal
Representante do genocida inelegível Jair Bolsonaro, Frederico Rodrigues da Cunha (DC) teve seu mandato de deputado estadual cassado em 2023 por pendências na prestação de contas das eleições de 2020. Foi autor de projeto ilegal que fere os direitos humanos das mulheres grávidas ao obrigar gestantes que solicitam a realização de aborto legal (ou seja, mesmo em caso de estupro) a ouvirem os batimentos cardíacos do feto, sancionado pelo governador Caiado no início de 2024.
Tal lei também institui a “Campanha de Conscientização Contra o Aborto para as Mulheres do Estado de Goiás”, uma verdadeira campanha de ódio e propaganda reacionária do patriarcado goiano.
Unidade Popular apresenta suas candidaturas combativas
Para lutar contra todos os crimes da burguesia e contra o crescimento do fascismo, a Unidade Popular (UP) lançou uma chapa classista e feminista para a prefeitura de Goiânia, que conta com Professor Pantaleão e sua vice Luciana Amorim. O partido luta em defesa da vida das mulheres, dos direitos trabalhistas e propõe medidas para a melhoria efetiva da vida da classe trabalhadora, como a estatização do transporte público, a desmilitarização da Guarda Civil Municipal (GCM) e a extinção da Ronda Ostensiva Municipal (ROMU). O plano de governo da UP está disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral.
Em constante contato com o povo, a Unidade Popular se apresenta como uma real alternativa para a construção do socialismo, e propõe ser uma ferramenta do povo brasileiro contra a burguesia parasita que o explora, oprime e mata. Tanto no período eleitoral, como em qualquer outra época do ano, a UP e seus representantes, como o Professor Pantaleão em Goiânia, levam seu programa para as lutas nas ruas, fortalecendo a organização popular e os movimentos sociais que lutam por moradia digna, contra a fome, pelo livre acesso à educação de qualidade e para colocar o destino do Brasil nas mãos de quem constrói a riqueza desse país: o povo pobre e trabalhador.