Como diz nosso lema, somos “Um jornal dos trabalhadores na luta pelo socialismo”. Por isso, A Verdade cresceu e chega, neste mês de dezembro de 2024, ao seu aniversário de 25 anos maior do que nunca.
EDITORIAL – O Jornal foi fundado no final do ano de 1999, no auge das políticas neoliberais implementadas no Brasil pelos governos do PSDB, tendo à frente o então presidente Fernando Henrique Cardoso. Nossa primeira capa estampou: “FHC, o professor que virou fazendeiro”. E assim prosseguiu nas edições seguintes: “Salário mínimo de R$ 136,00 é mais um crime de FHC contra os trabalhadores”; e “Governo Federal expulsa 400.000 famílias do campo”. Em 2000, nos marcos dos 500 anos de invasão europeia a estas terras batizadas de Brasil: “500 anos de genocídio e resistência indígena”. Enfrentamos em nossas páginas e nas ruas as privatizações de setores estratégicos, como bancos, energia, siderurgia, petróleo e outros. Chamamos a juventude, as mulheres e os trabalhadores para se organizarem para lutar para derrubar o capitalismo e construir uma Revolução Socialista.
Em 2003, Lula tomou posse na Presidência da República, mas os quatro governos do PT que se seguiram mantiverem a mesma política econômica neoliberal dos governos anteriores. Neste mesmo ano, os EUA invadiram o Iraque para expandir seu domínio no Oriente Médio, rico em petróleo e gás natural, e A Verdade denunciou os planos do imperialismo. Diga-se de passagem, estratégia que os governos norte-americanos buscam implementar até hoje, como mostra o genocídio do povo palestino, que, há mais de um ano, sofre um contínuo massacre executado pelo Estado terrorista de Israel.
Assim, seguindo com sua linha editorial revolucionária, o Jornal criticou a conciliação de classes dos governos social-democratas e o aumento das desigualdades no Brasil e no mundo. Em 2008, estourou mais uma gigantesca crise de superprodução do sistema capitalista, a partir dos EUA, com consequências mundiais, especialmente para a classe trabalhadora, que foi abatida por ondas de desemprego e de pobreza.
O Brasil foi atingido por esse tsunami no segundo mandato presidencial de Dilma Rousseff, que implementou o famigerado Plano Levy, pensando na “austeridade econômica”, mas, na verdade, preservando os lucros da burguesia, enquanto o povo amargava uma crescente inflação.
Não deu outra: as elites reacionárias se aproveitaram do descontentamento popular e promoveram mais um golpe de Estado, em conluio com o Congresso Nacional antipovo e a grande mídia capitalista, empossando na Presidência o vice, Michel Temer (MDB). Assim, impuseram as Reformas Trabalhista e da Previdência, acabando com direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora ao longo de décadas. A Verdade estampou em sua capa: “Impeachment de Dilma: um retrocesso anunciado”.
Temer abriu o caminho para que o fascista Jair Bolsonaro vencesse as eleições de 2018 e montasse o governo mais reacionário e militarizado desde a Ditadura Militar (1964-1985). Enquanto isso, aumentamos a cobrança pelo direito à memória, verdade e justiça sobre os crimes da ditadura fascista.
Durante seus quatro anos como presidente, o ex-capitão foi responsável pelo aumento da miséria do povo brasileiro e pelo genocídio de mais de 700 mil brasileiros na pandemia de Covid-19, devido a seu esquema das vacinas. Agora, como fartamente comprovado, ele e as Forças Armadas articularam um golpe (ver Página 3) após serem derrotados pelo povo nas eleições, com o intuito de assassinar o presidente Lula e outras autoridades e de tomar a sede dos três poderes, episódio conhecido como 08 de Janeiro (2023).
Enquanto vários setores da esquerda vacilaram nesses momentos cruciais da vida do Brasil, A Verdade agitou abertamente pelo “Fora Bolsonaro”, pela prisão dos golpistas de ontem e de hoje e apontou que estava em curso um projeto fascista da burguesia para implantar um governo autoritário de banqueiros, latifundiários e generais.
Em meio a todos esses fatos recentes, o atual governo do PT se mostra subserviente ao capital, mantendo fielmente o pagamento dos juros da dívida pública (que consome quase metade do orçamento anual da nação) e impondo mais arrocho salarial.
De fato, limitar o aumento do salário-mínimo quando nosso país tem um dos mais baixos salários do mundo; reduzir o número de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda; criar obstáculos ao abono salarial, em particular as mudanças no seguro-desemprego; são medidas que mostram o quanto o PT abandonou um programa de esquerda e se abraçou de vez com as políticas econômicas neoliberais e com o Centrão, que lhe dá, em troca, sustentação política.
Assim, chegamos aos nossos 25 anos com mais energia ainda para denunciar os crimes do capitalismo e propagandear o socialismo. Os brigadistas de A Verdade estão espalhados pelos quatro cantos do país, agitando e organizando novas pessoas para se somarem à construção da Revolução Brasileira, sem conciliação de classes e guiados pela teoria marxista-leninista.