UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Em mais um crime de guerra, Israel sequestra barco com ajuda humanitária para Gaza

Leia também

Voluntários da embarcação Madleen, da Flotilha da Liberdade, são sequestrados por Israel por tentar levar ajuda humanitária a Gaza.  

Redação 


INTERNACIONAL – No último domingo (8), o exército israelense sequestrou o barco Madleen, embarcação da Coalizão Flotilha de Liberdade, que busca criar um corredor marítimo de ajuda humanitária em Gaza e romper o cerco. A bordo deste navio estavam 12 civis de diferentes nações, entre eles a parlamentar franco-palestina Rima Hassan, o brasileiro Thiago Ávila e a militante sueca Greta Thumberg. Com eles, levavam remédios, leite, comida e outros suprimentos. Há 80 dias israel impede a entrada de comida e ajuda humanitária em Gaza.

“Eu instrui o exército para que impeça a chegada do ‘Madleen’ a Gaza. À Greta [Thunberg], a antisemita, e aos seus companheiros porta vozes do Hamas, digo claramente: voltem, pois não chegarão à Gaza”, disse ministro da defesa de israel em nota oficial. Na manhã de domingo, os militares nazi-sionistas preparavam um novo crime de guerra. 

“Acabamos de receber algumas notícias muito estranhas. De acordo com nosso rastreador, nós não estamos mais a 162 milhas náuticas de Gaza, que é onde estamos, mas no aeroporto da Jordânia. Nós sabemos o que isso significa. Quando eles começam a bloquear a nossa comunicação, quando eles começam a mexer como nossos dispositivos, isso significa que eles estão se preparando para uma interceptação”, relatou Thiago Ávila em publicação nas redes digitais. 

Na mesma noite, soldados do exército invadiram a embarcação e a conexão com os ativistas foi perdida. Logo após, o governo sionista noticiou que havia prendido os voluntários.

Em nota, a Federação Árabe Palestina do Brasil também de manifestou repudiando o ataque aos voluntários e denunciando a Solução Final imposta por Israel aos palestinos. (Confira a nota completa no fim da reportagem). 

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil se manifestou nessa segunda, e de  limitou a afirmar que “acompanha com atenção” o sequestro dos voluntários e a pedir para que Israel os liberte.

Genocídio gera lucros para a burguesia

O genocídio em Gaza ultrapassa os 600 dias, e já alcança a faixa dos 54 mil palestinos assassinados pelo estado sionista de israel. Em comunicado oficial sobre a interceptação do Madleen, israel afirma que a organização “Fundação Humanitária de Gaza” realizou a distribuição de suprimentos com mais de 1200 caminhões. O que Netanyahu cruelmente esconde é que esta é uma organização fantasma, utilizada pelo exército como armadilha para assassinar seres humanos famintos em busca de comida. 

Tamanha crueldade é reflexo dos interesses daqueles à quem se beneficiam dessa carnificina: a burguesia. A classe burguesa no mundo lucra bilhões através da indústria de guerra (fabricação e venda de armas, bombas, tanques etc.), sobretudo a burguesia estadunidense, que financia diretamente o genocídio ao povo palestino. Anualmente, o Governo dos EUA financia armas para Israel no equivalente a 3,8 bilhões de dólares. Para a classe burguesa, não importa quem seja assassinado, desde que continuem a ser os donos do capital. A burguesia vê em cada palestino que resiste ao genocídio uma oportunidade de aumentar seus cifrões. 

NOTA DA FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO BRASIL 

Ataque à Flotilha da Liberdade é parte da solução final de “israel” na Palestina

O regime sionista de “israel”, forma social e estatal degenerada que supera até mesmo o nazismo, que se faz enquanto experimento social genocida na Palestina há 77 anos e que leva a cabo o maior extermínio humano da história em Gaza, em 611 dias ininterruptos e televisionados, acaba de atacar com violência a Flotilha da Liberdade, integrada por 11 tripulantes, dentre eles a ativista Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e a parlamentar palestino-francesa Rima Hassan, cuja missão era furar o bloqueio “israelense” e entregar comida e medicamentos à população palestina, submetida à fome como arma de guerra na pretendia solução final perseguida pelo sionismo e seus aliados ocidentais. 

O Medleen é uma embarcação que não leva armas ou militares; leva apenas ajuda humanitária, a que “israel” e seu dono, os EUA, negam aos palestinos desde o início do extermínio em Gaza, em 7 de outubro de 2023. Se os ativistas não representam nenhum perigo militar ou de “segurança”, por que atacá-los com tamanha violência? Por que impedir que cheguem às costas de Gaza?

A resposta é simples: porque a ajuda humanitária não pode chegar aos civis de Gaza, às mulheres, crianças, anciãos, presos neste campo de concentração para serem exterminados, o objetivo final de “israel”, agora abertamente confessado por seus dirigentes e pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Além disso, “israel” não pode permitir que estes ativistas testemunhem a solução final em curso em Gaza e a informem ao mundo, in loco e ao vivo. A razão é a mesma da maior matança de jornalistas da história (219 contra 69 na 2ª Guerra Mundial): esconder do mundo o extermínio sionista em Gaza.

Atacar os ativistas da Flotilha da Liberdade tem as mesmas motivações dos maiores assassinatos da história de profissionais de saúde (1.411), de funcionários da ONU (203), de profissionais da defesa civil (113), professores (800): tornar inabitável Gaza e levar à morte massiva do povo palestino que habita Gaza.

Foram essas ações que levaram à maior matança de crianças de todos os tempos (9.997 por milhão de habitantes, 3,55 vezes mais que no período nazista, quando foram mortas 2.813 por milhão de habitantes da Europa da 2ª Guerra). Tudo isso tem a ver com a busca da eliminação dos 2,3 milhões de habitantes palestinos de Gaza, integral limpeza étnica.

É evidente que a ajuda humanitária da Flotilha da Liberdade é fundamental, mas é menor frente ao que os ativistas estão mostrando ao mundo: “israel” não tolerará as ações de solidariedade que impeçam o extermínio do povo palestino. Se ainda faltavam, não há máscaras que possam esconder as reais intenções sionistas em Gaza.

Diante de mais esta ação criminosa de lesa-humanidade do regime degenerado de “israel”, este precisa finalmente ser isolado e penalizado, seja com sanções, boicote e desinvestimento, seja com bloqueio militar, inclusive implacável ataque bélico, que vise proteger o povo palestino do maior desastre humano da história. 

Se a humanidade parou a Alemanha nazista e destruiu seu regime, é nosso dever histórico parar o “israel” sionista e destruir seu regime. Termos feito isso fez bem à humanidade e ao povo alemão. Parar “israel” hoje trará segurança para a humanidade e salvará palestinos e israelenses da ideologia fascista sionista e de seu regime genocidário. 

Nossas mais irrestritas solidariedade e gratidão aos 11 ativistas da Flotilha da Liberdade. 

Por fim, o Brasil tem o dever legal, político, ético e moral de romper todas as relações com este regime análogo ao nazista que atende pelo nome fantasia “israel”, até que este pare o genocídio em Gaza e cumpra todos os ditames do Direito Internacional e das Resoluções da ONU para a Palestina. 

Palestina Livre a partir do Brasil, 8 de junho de 2025, 78° ano da Nakba.

Veja a nota no site da FEPAL neste link.

More articles

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimos artigos