Gerardo Hernandez, Ramon Labanino e Antonio Guerrero, os últimos três patriotas cubanos que se encontravam em carceragens de segurança máxima e condenados à prisão perpétua foram libertados no dia de hoje. Eles se somam a Fernando Gonzalez e René González, já anteriormente libertados.
Os cinco patriotas foram presos em Miami enquanto realizavam atividades de contra-terrorismo, investigando organizações de exilados cubanos que, com financiamento dos EUA, planejavam atentados contra Cuba. Durante todo o julgamento dos cinco, ficou provado que suas atividades em nenhum momento se dirigiam contra o governo ou o povo dos EUA, tratando-se de uma ação de autodefesa do povo cubano.
O jornalista brasileiro Fernando Morais relatou em seu livro “Os últimos soldados da guerra fria” toda a ação dos patriotas e como foi construído um julgamento viciado em território dominado pelos gusanos cubanos para mantê-los presos.
A libertação de Gerardo, Ramon e Antonio envolve a troca por um espião estadunidense preso há 15 anos em Cuba, Alan Gross. Gross trabalhava para uma agência ligada a USAID e está em avançada idade. Em recentes cartas endereçadas ao presidente Obama, Gross vinha acusando o governo dos EUA de tê-lo abandonado e se recusava a receber visitas de sua família ou de membros da embaixada americana.
A libertação de todos os cinco patriotas é, sem dúvida, um vitória de todo movimento internacional de solidariedade ao povo cubano mas, também, uma vitória do movimento popular dos EUA, que se encontra em franca ascensão e ocupando as ruas contra o racismo e por direitos sociais. Com a liberdade dos cinco, os povos de Cuba e dos EUA fortalecem seus laços de amizade e de luta conjunta pela transformação social.
Jorge Batista, São Paulo.