Foi realizada neste dia 21 de maio, em Porto Alegre, a assembleia geral dos servidores técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS. O auditório do curso de Economia ficou pequeno para os mais de 400 servidores presentes, que aprovaram por ampla maioria a greve a partir do dia 28 de maio, por tempo indeterminado.
Dentre as pautas principais dos servidores estão: luta por data-base, reajuste salarial, contra a terceirização, contra a Ebserh e por democracia nas IFES.
Em relação à terceirização, além do retrocesso do PL 4.330, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no dia 16 de abril, que é constitucional o repasse de recursos públicos para Organizações Sociais (OSs). Assim, abriu-se a possibilidade para o fim dos concursos públicos para a contração de trabalhadores em todas as áreas sociais do Estado, como hospitais e universidades, ampliando o modelo falido já aplicado na saúde também para a educação.
Para Jerônimo Menezes, servidor da UFRGS e militante do Movimento Avançando Sindical (MAS) e da Intersindical-CCT, “o modelo de OSs é a entrega da educação para o modelo privado de gestão. Acaba com o Regime Jurídico Único dos servidores públicos e precariza o trabalho e as condições de organização dos servidores para resistir a esses ataques, visto que fragmenta a classe trabalhadora em diversos regimes de trabalho distintos. Além de tornar o direito à educação uma mercadoria”.
Na assembleia também foram eleitos delegados que representarão a Assufrgs na Plenária da Fasubra, de 23 e 24 de maio, que definirá as pautas e a tática do movimento grevista que iniciará em âmbito nacional.
O sentimento é de unidade, de luta e combatividade diante do cenário nacional de retirada de direitos da classe trabalhadora. Como aponta Hélio Omar Cavalheiro, servidor da UFRGS: “sempre foi assim, desde os anos 90 quando entrei na UFRGS, com muita luta, manifestações paralisações e greve”. É o que classe trabalhadora tem em suas mãos: a organização e a luta.