Neste ano, quando faz exatamente 53 anos da morte de Jonas José de Albuquerque, a Associação Recifense dos Estudantes Secundarista (Ares) engrossa a fileira junto a Comitê Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco para dizer bem alto que o tempo não apagou e jamais apagará nosso desejo de justiça, nossa imensa revolta contra esse assassinato e diversos outros, contra o desaparecimento de corpos de milhares de pessoas pela Ditadura Militar.
Neste sentindo, a ARES organizou hoje mais um debate em repúdio à ditadura militar na Escola Técnica Estadual Professor Agamenon Magalhães (Etepam), que contou com a participação de mais de 250 estudantes. Não temos nada para esquecer, e nada que possa ser perdoado, queremos punição imediata de todos os agentes de Estado envolvidos no crime hediondo e imprescritível da tortura.
Sabemos que na época do desaparecimento de Jonas, o governo foi bastante cobrado para responder o por que das mortes, torturas, desaparecimentos e ocultação de corpos. Mas a ditadura cinicamente se pronunciava dizendo que os desaparecidos eram “terroristas”.
Para nós, terroristas são e serão sempre os verdugos assassinos desses homens e é de extremo orgulho dizer que o Jonas e tantos outros fizeram parte da vida da própria Ares, na sua construção e na sua luta. Seus nomes são repetidamente usados como forma de não esquecer desses jovens que tinham em comum a ânsia de liberdade para todos os homens.
Achamos que a melhor homenagem que podemos prestar nesse momento é continuar lutando, levantando bem alto a bandeira da liberdade e organizar debates e exposições para a conscientização do nosso povo na luta cotidiana da liberdade e da democracia.
E como já dizia o poeta ” você vai pagar, e é dobrado, por cada lágrima rolada, nesse meu penar”.
Jonas José de Albuquerque VIVE!
Taylinne Silva, presidente da Ares