Durante os dias 5 e 8 de dezembro de 2017, aconteceu na cidade de Brasília (DF), a 11ª Conferência Nacional de Assistência Social, cuja principal pauta foi a luta pela garantia de direitos e o fortalecimento do SUAS (Sistema Único de Assistência Social).
A Conferência foi dividida em quatro eixos, contando com cerca de 1.400 delegados de todo o Brasil, entre eles Hevil Denis e Julia Paes representantes de Pernambuco, militantes da Rebele-se e da Uespe. “Acredito que seja um espaço vital para nós, usuários do SUAS, ocuparmos e podermos levantar discussões cabíveis em nosso cotidiano para assim pleitear uma assistência social digna”, declarou Denis, que é atualmente presidente da Associação dos Estudantes Secundaristas de Carpina.
Num cenário em que o golpista Michel Temer propõe um corte de 98,05% no orçamentário para o SUAS e retiradas de tantos outros direitos, faz-se necessário uma luta para a manutenção da assistência social. Nesse sentido foi aprovada no ato em defesa da LOAS e PNAS no dia 7 de dezembro de 2017 uma carta em defesa da política pública de assistência social.
“…Neste momento de defesa do SUAS, chamamos a atenção de gestores públicos e legisladores para que possamos avançar na consolidação de estratégias que amplifiquem os debates e as proposituras para a consolidação legal de direitos sócio assistenciais, da gestão descentralizada e do fortalecimento da participação da sociedade civil em instâncias de controle social”.
Um corte dessa proporção significa colocar no mapa da fome vários brasileiros que dependem do SUAS e também ocasionar o fechamento de vários Centros de Referência de Assistência Social e Centros de Referência Especializados de Assistência Social. Os principais prejudicados serão os LGBT’s, a população negra, as mães solo e tantos que dependem do sistema, não podendo assim deixar passar em branco esse golpe contra o povo brasileiro.
Afinal de nada adianta lutarmos por direitos conquistados se não lutarmos para mudar esse sistema econômico que nos coloca cada vez mais em situações degradantes, que nos oprime e nos explora sem nenhum limite. Precisamos construir uma sociedade nova sem miséria e sem a fome, e para isso precisamos defender a Assistência Social e, acima de tudo, precisamos defender um pais socialista.
UJR Carpina, Pernambuco