Os meses de janeiro e fevereiro foram de intenso trabalho para a militância da Unidade Popular (UP) no Rio de Janeiro. Diariamente, equipes de coleta foram aos trens que partem da Central do Brasil para o subúrbio e Baixada Fluminense para conversar com a população sobre os problemas do país, denunciar a retirada de direitos promovida pelo Governo Temer e pelos patrões com as reformas Trabalhista e da Previdência e recolher as assinaturas de apoio para a legalização da UP.
Nesses dois meses, dezenas de milhares de pessoas foram abordadas e mais de 19 mil assinaturas foram recolhidas, superando em mais de quatro mil assinaturas a meta inicialmente estabelecida. “A gente percebe uma revolta muito grande nas pessoas. Parece que elas já vão indignadas pro trabalho, e esse sentimento cresce ainda mais quando elas escutam nossa agitação dentro do trem contra a reforma da Previdência e contra o governo”, explica Hudison Affonso, militante da UJR e destaque nas coletas. “Esse trabalho tem sido muito importante para o desenvolvimento da minha militância. A gente aprende a falar de política com qualquer um, com quem é contra, com quem é a favor, com estudante, com trabalhador, com dona de casa. É muito gratificante”, conclui.
Além do recolhimento de apoiamentos para a legalização da UP, as agitações dentro dos trens também têm aumentado a venda do jornal A Verdade. Ao todo, entre janeiro e fevereiro, foram vendidos mais de 700 jornais. “Quando a gente fala do jornal, as pessoas ficam mais interessadas em assinar a ficha de apoiamento, porque percebem que estamos fazendo um trabalho sério e comprometido com o povo. Muitos, inclusive, perguntam mais sobre quem somos, como nos organizamos e como eles podem participar também”, fala Hudison.
Falta muito pouco para o fim da campanha e toda a energia da militância está voltada para garantir a vitória. Muitos companheiros e companheiras se matricularam em menos disciplinas na universidade para poder ter mais tempo para as coletas, enquanto outros anteciparam as férias no trabalho para dedicar um mês inteiro à UP. E trabalho é o que não falta, pois, além de coletar as assinaturas, é preciso cadastrá-las no site do TSE e entregá-las aos cartórios eleitorais. Mas, sem dúvida, com esse espírito, vai dar UP!
Redação Rio